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Origem e Contradições Neotestamentarias

I - INTRODUÇÃO

A origem do “NOVO TESTAMENTO”
Prestar atenção nos parágrafos em *

1.1 O chamado “Novo Testamento” é formando de 26 livros, dos quais quatro são supostos relatos – Os “Evangelhos” – sobre a vida e ensinos de Jesus Nazareno, 21 cartas, cuja autoria é atribuída aos primitivos discípulos de Jesus, porém, a maioria teria sido ditada pelo apóstolo Paulo, um judeu convertido posteriormente à seita dos nazarenos; há um livro chamado de “Atos dos Apóstolos”, relatando alguns fatos e a e atividades dos discípulos após a morte do seu líder, e um livro de misticismo, chamado “Apocalipse” (palavra grega para Revelação). Tais livros formam o fundamento do cristianismo e são apresentados à Humanidade como a última palavra do Criador, em substituição à Torah. Aos Profetas e às Escrituras, que foram o TANA“CH [sigla para Torah, Nevyim veChetuvim] – a Bíblia Judaica, comumente chamada de “Velho Testamento” pelos cristãos.

1.2 No entanto, a patente contradição do chamado “Novo Testamento” com a TORAH (o Pentateuco), por si só, já é suficiente argumento para refutar sua origem Divina, pois, como diz a Escritura: “Tua Torah é Verdade” (Tehilim [Salmo] 119:142). Assim, qualquer Luz de conhecimento posterior à Revelação do Sinai deve, necessariamente, concordar com os escritos do maior Profeta do Eterno, Mosheh Rabênu [Moisés, nosso mestre], sobre a quem a mesma Torah declarou: “Nunca se levantou em Israel um profeta como Mosheh, com quem o Eterno falou face a face” (Devarim [Deuteronômio] 34:10; ver Shemot [Êxodo] 33:11; Bamidbar [Números] 12:6-8). Quando esse texto foi escrito, para ressaltar a Autoridade Divina conferida a Mosheh, de forma preponderante, Israel ainda não existia com Estado como estado Teocrático. Só mais tarde, portanto, o Eterno inaugurou o Ministério dos Profetas. A expressão “nunca se levantou”, no passado, é dada como fato consumado e definitivo, a ressaltar a impossibilidade de surgir, no futuro, um profeta mais qualificado do que Mosheh. Assim, todos os Mensageiros do Eterno, então, fundamentaram sua pregação nas Palavras reveladas a Moshêh, subordinando-se à Autoridade daquele que também foi considerado pela Torah como o primeiro “Rei em Yeshurun” (Devarim 33:5).

1.3 Na realidade, existem centenas de contradições no texto do “Novo Testamento” quando cotejado com a Torah, assim como, também internamente, Os Evangelhos, as Cartas e os livros de Atos e Apocalipse entram em colapso quando os mesmos relatos ou ensinos são comparados entre si, ou quando perspectiva profética do Tana”ch é posta em análise e confronto com o entendimento dos escritores do “Novo Testamento” . Não é raro perceber-se desde logo, que uma fraude nem sequer bem arquitetada foi levada a efeito nos escritos neotestamentários, pelo menos como atualmente conhecidos. Em razão da fé cega de muitos cristãos, esse assunto não é enfrentado como merece, salvo por uns poucos teólogos de mente mais aberta, pois, do contrário, seria posta em evidência a grande questão embutida nesse cenário de erros grotescos – a saber: a Figura de Jesus Nazareno, atualmente também chamado de Yeshua, por alguns seguidores, como mais um falso messias.


1.4 Urge esclarecer, desde logo, que podemos distinguir três etapas históricas na origem primitiva do cristianismo, todas excludentes, entre si, dos ensinos adotados, tendo-se como paradigma a doutrina de Jesus, como subentendida dos relatos evangélicos. A primeira etapa é a própria “A seita dos nazarenos”, chamada de “O caminho” (Atos 9:2; 19:9; 22:4), a qual ainda estava identificada como o Tana”ch, conforme esclarecido por Paulo, após sua conversão à seita (Atos 24:5, 14; 26:22; 28:23). Aos poucos, porém, Paulo rompeu com os nazarenos, estabelecendo uma divisão teológica irreversível, que, na prática gerou o paulinismo (1 Coríntios 1:12), a segunda etapa da religião cristão. Paulo realmente desafiou autoridade dos primitivos apóstolos, como Pedro, a quem considerava hipócrita, por apegar-se a valores judaicos (Gálatas 2:11-14). Por fim, veio a lume o constantinismo, a terceira etapa, quando as mudanças estruturais pregados por Paulo encontram o campo fértil para o sincretismo com as religiões pagãs, sendo tal amálgama apresentado como a religião do Nazareno, que se espalhou pelo mundo, a partir de Roma.

1.5 Nesse sentido, registra-se que o “Novo Testamento”, tal como hoje conhecido, não pode ser visto como uma obra acabada dos primitivos apóstolos e discípulos de Jesus, mas como uma produção literária muito posterior, forjada em época de fortes contendas teológicas sobre a pessoa e a obra do Nazareno, com interesses políticos evidentes, tanto da parte do Império Romano, então em decadência, quanto da parte dos clérigos e autoridades religiosas, já emprenhados em disputas pelo poder mundano. No império Romano, é destacada a figura de Constantino, o imperador-sacerdote do deus-Sol, ao qual eram dedicadas as festas saturnais do fim do ano (calendário romano), aí incluindo o Natalis Solis Invicti [Dia do Nascimento do Sol Vitorioso"], posteriormente comemorado também como o Natal ou Nascimento de Jesus, no dia 25 de dezembro. Para enfatizar sua adoração ao deus-Sol, Constantino, por meio do Edito de 7 de março de 321 EC, transferiu o culto dos cristãos, ainda no Shabat - uma reminiscência dos primitivos seguidores judeus de Jesus, membros da seita dos nazarenos – para o primeiro dia da semana, então conhecido como “Dia do Sol”, como até hoje se vê em alguns idiomas (Sunday), em Inglês: Sonntag, em alemão), e posteriormente denominado, pelos cristãos, de “Domingo” [em latim: Dia do Senhor].

1.6 Dois marcos históricos principais estão associados com formato do “Novo Testamento” atualmente conhecido. O primeiro marco foi o Concílio de Nicéia (iniciado em 325 EC), convocado pelo Imperador Constantino que presidiu na sua abertura mesmo sendo um “pagão”, pois jamais Constatino se convertera ao cristianismo, conforme relativo fantasioso da igreja de Roma. Ele exerceu o cargo de sacerdote do deus-Sol até que , no seu leito de morte, em 337 EC, o bispo de Roma procedeu ao ritual de conversão, quando ele nem mais podia manifestar-se sobre se essa era sua vontade. No Concílio de Nicéia, foi aprovado, além da autoridade política dos bispos, o cânon do “Novo Testamento”, quando foram rejeitadas centenas de escritos tidos como sagrados por muitos cristãos fora de Roma, compostos de relatos evangélicos e cartas dos apóstolos e primitivos discípulos, hoje rejeitados. Também naquela ocasião, por meio de voto, foi aprovada a “divindade de Jesus, que, a partir de então, passou a ocupar, oficialmente, o papel de Segunda pessoa da trindade, abrindo-se daí a oportunidade ao estabelecimento da mariolatria, pois Maria, genitora de Jesus Nazareno, logo seria alçada ao papel de “mãe de D-us” (em grego: “theotokos”), já que, obviamente, Jesus sendo deus, segundo essa doutrina, sua genitora seria a “mãe de D-us”, como hoje é adorada pelos cristãos católicos e ortodoxos gregos e russos.

1.7 Pela importância do papel do imperador Constantino na formação da nova região, que, na verdade, é uma fé essavita (oriunda de Essav, ou Esaú, pai dos romanos e italianos), cujo fim último é perseguir a Israel, poderia o cristianismo ser denominado de constantinismo. Afinal, graças ao imperador romano foi possível elencar, durante o Concílio de Nicéia, as doutrinas principais da nova religião, nascida em Roma, de onde se espalharia pelo mundo, deixando em seus caminhos históricos as marcas de conversões forçadas, de derramamento de sangue e assassinatos, de escravização de povos e destruição de culturas. Ademais, de forma ainda mais marcante, o constantinismo é a religião do antijudaísmo, como ficou bem claro no decorrer dos últimos quase dois milênios, pois, para justificar sua própria existência, a nova religião romana não apenas procurou afastar-se de suas fontes judaicas, oriundas dos primitivos seguidores judeus de Jesus, mas decidira, induvidosamente, destruir os próprios israelitas, para que se consumasse a tese que ficou conhecida como Teologia da Substituição – cuja premissa é esta: uma vez que a igreja foi levantada para substituir a Sinagoga, os judeus deveriam ser eliminados, porque seriam um entrave, nesse novo cenário, para a supremacia cristã, conforme um dos textos mais coloridos de anti-semitismo do “Novo Testamento”: os “judeus não somente mataram o senhor Jesus e os profetas, como também nos perseguiram, e não agradam a D-us e são inimigos de todos os homens” (1 Tessalonicenses 2:15): Como diz “Ave Maria”, edição católica, de 1967, “os judeus eram agora rejeitados por D-us” (p. 1.535). Esse pensamento malvado serviu de pretexto, máxime pela mentira de que foram os judeus que assassinaram o messias dos cristãos, para respaldar a tese de ser a “vontade de D-us” a promoção de toda a sorte de perseguição do Povo de Israel, nestes quase vinte séculos de história da igreja.

1.8 o segundo marco dessa história mal contada e deturpada
pelos cristãos, como bem sabido dos estudiosos, tem a ver com o tempo do bispo Dâmaso (papa Dâmaso), que determinou a “São” Jerônimo [viveu entre 342 EC a 420 EC] que precedesse a uma reforma no texto do “Novo Testamento” , para eliminar seus conteúdos considerados exacerbadamente judaicos, retirando as possíveis dúvidas sobre a origem de Jesus Nazareno [a quem nenhum livro de História da época se refere] a afastando certas passagens que retratavam a humanidade do messias cristão de forma considerada exagerada. Em seu livro derradeiro, Retractationes, Jerônimo confessa sua resistência em obedecer à ordem papal e principalmente suas crises de consciência em ter cumprindo uma missão que resultou em fraude maior do que aquela perpetrada pelo Concílio de Nicéia.

1.9 Sobre a farsa a que fora levado pela ordem papal, “São” Jerônimo escreveu ao pontífice romano: “De velha obra me obrigais a fazer obra nova. Quereis que, de alguma forma sorte, me coloque como árbitro entre os

exemplares das Escrituras que estão dispersos por todo o mundo e, como diferem entre si, que eu distinga os que estão de acordo com o verdadeiro texto grego. É um piedoso trabalho, mas é também um perigoso arrojo, da parte de quem deve ser por todos julgado, julgar ele mesmo os outros, querer mudar a língua de um velho e conduzir à infância o mundo já envelhecido. “Ele ponderou, após tantas alterações nos textos: “Meclamitans esse sacrilegiu qui audeam aliquid in veteribus libris addere, mutare, corrigere” (“Vão clamar que sou um sacrilégio, um falsário, porque terei tido a audácia de acrescentar, substituir, corrigir algumas coisas nos artigos livros” (Obras de São Jerônimo, 1693). Quando um cristão lê o “Novo Testamento”, o grau de sua ignorância pode ser mensurado pelo valor atribuído à obra como um todo. Ou ela é de D-us, ou não é, e a única maneira de saber-se isso é comparando-a com a Revelação do Sinai.

1.10 Foi assim que, depois de tantas “arrumações” e “arranjos”, o “Novo Testamento” veio ser esse amontado de textos contraditórios, espúrios, com acréscimos atualmente denunciados como invenções nas várias versões das Bíblias cristãs hodiernas cuja edições atuais colocam entre parêntesis ou em notas marginais o descobrimento de algumas trapaças. É significativo analisar eu, em razão de tais mentiras e embustes, um número incalculável de seres humanos foi morto, ou assumiu o papel de mártires de uma fé cujas bases de sustentação são o engodo, a credulidade, a falsificação de fatos históricos e a deturpação dos textos sagrados dos judeus, utilizado de forma desautorizada e contraditória, para emprestar validade a tantas tramas e deboches. Na verdade, cristãos sinceros, sem se aperceberem que são vítimas de falsidade histórica, admiram-se de os judeus não terem aceito a Jesus como seu messias. Esse cenário está mudando hoje – muitos cristãos, especialmente os descendentes dos convertidos à força durante a chamada “santa” Inquisição – Os B´ney Anussim – estão acordando para a realidade de que a única Revelação verdadeira foi dada no Sinai e aos Profetas de Israel (Devarim 4:5-8; Tehilim que os judeus são os únicos depositários dos “Oráculos de D-us” em Romanos 3:1, 2; 9:4; João 4:22). O “Novo Testamento”, devidamente lido, não passa de um amontado de tolices e contrações, incapazes de satisfaz à busca da Verdade por uma alma sincera. Não resiste a um confronto com a Bíblia Judaica.

II – UMA BREVE CONSIDERAÇÃO DO TANA”CH COMO MARCA DEVASTADORA DA FALSIDADE DO “NOVO TESTAMENTO”

2.1 Uma pessoa honesta, que lê a “Carta aos Hebreus”, cuja
autoria é atribuída ao apóstolo Paulo – Um judeu, de origem romana, que, como visto, deu nova fisionomia aos ensinos de Jesus, rompendo, assim, com a Torah – embora o estilo da escrita destoe totalmente das demais epístolas paulinas, perceberá o esforço inteligente do seu autor para provar a “divindade” do Nazareno, como se o fim colimado desse desiderato fosse convencer os judeus que seu messias já havia chegado e era um deus. Todavia, o autor da Carta aos Hebreus perde-se em temas tão simplórios, para uma consideração paradigmática do Tana”ch, que chega a ser infantil. Por exemplo, no capítulo 3, o escritor dessa Carta faz a seguinte comparação entre Jesus e Mosheh:
a) enquanto Mosheh era Servo de D-us, Jesus é Filho;
b) Mosheh foi fiel na Casa de D-us, e Jesus era o construtor da Casa e, assim, era o próprio Deus;
c) em razão disso: Mosheh seria inferior, merece menor honra, afinal, se Jesus é D-us, Moisés é seu servo. Mas há um problema insolúvel nessa análise superficial do fatos. Voltemos à Torah veremos que os escritos de Paulo e de outros escritores do “Novo Testamento” não resistem à mais obsequiosa análise e defesa.

*2.2 De fato, quando o apóstolo Pedro valeu-se do texto de Devarim 18:15-19, para “provar” que Jesus era o prometido Profeta, como lemos em Atos dos Apóstolos 3:22 e 23, o mesmo fazendo o discípulo Estevão em Atos 7:37, fica evidente uma questão judaica indestrutível por qualquer argumento contrário: o Profeta Prometido não poderia ser diferente ou mais importante do que Mosheh, seria um homem como Mosheh, não um deus encarnado: seria um judeu submisso a D-us, e jamais um Profeta teria maior glória do que Mosheh em Israel, como está escrito na Torah. Com efeito, o ponto essencial é este: “Um Profeta semelhante a mim”

(Devarim 18:15, 18). Como o escritor da Carta aos Hebreus atribuiu divindade a Jesus, este não é o “Profeta semelhante a Mosheh”, desqualificando a Jesus, destarte, de ser o Prometido Messias. O verdadeiro mashich, ainda que realize obras mais poderosas do que as feitas por Mosheh, sujeitar-se-á, sempre, aos escritos mosaicos, pregado por Paulo, que acusa a Torah de cegar os judeus! (Gálatas 3:5;2 Coríntios 3:7, 8, 13-16)

2.3 Nesse contexto, é de todo interessante notar que os judeus, logo após a morte de Mosheh, estimavam que Yehoshua (Josué) fosse no máximo semelhante a Mosheh, embora com uma missão em certo sentido até mais relevante – a de levá-los à consumação das Palavras da Torah, proferidas pelo Eterno, quando à conquista da Terra Prometida. A mesma ameaça que lemos em Devarim 18:19, quanto a ser morto aquele que rejeitasse as Palavras do Profeta semelhante a Mosheh, os israelitas a aplicarem a seu relacionamento com Yeshoshua (ver Yehoshua [Josué] 1:17, 18). Imagine-se, pois, se diferentemente do que nossos antepassados disseram a Yehoshua: “Queremos que tu sejas semelhante a Mosheh”, tivessem este dito: “Iremos te considerar mais importante que Mosheh”! Essa situação desqualificaria Yehoshua quanto a ser um Profeta do Eterno, posto que ele seria diferente e superior a Mosheh. Quanto a isso, conforme já vimos acima, a Torah é definitiva: “Nunca se levantou em Israel um profeta como Moshes, com quem o Eterno falou face a face”. Devarim 34:10; ver Shemot 33:11; Bamidbar 12:6-8) Ao tentar conceder a Jesus uma distinção inexistente, a bem da verdade, o escritor da Carta aos Hebreus deu um golpe de morte na sua pretensão de ele ser reconhecido com o Messias de Israel! Definitivamente, à luz da Torah, Jesus não é o Messias esperado.

2.4 Uma outra “pérola”, no meio de tantas outras, do escrito da Carta aos Hebreus, foi a construção totalmente forçada de que a “Nova Aliança” (de onde veio a idealização do “Novo Testamento”, ao passo que nunca houve um “Velho”, já que nenhum homem morreu em favor dos israelitas, deixando sua herança no documento chamado de “Testamento”), tem a ver com a profecia de Yirmeyahu (Jeremias) 31:31-34, literalmente citada em Hebreus 8:8-12. Alguns problemas, porém, devem ser suscitados aqui. Um deles, gritante, é que na época de Jesus não mais existia o país “Israel”, independente, que constituiu o Reino Setentrional da Terra Santa, mas apenas a parte chamada “Yehudah” (Judá) permanecia em evidências, graças às promessas Divina da perseverar Judá (Melachim Álef [ 1 Crônicas] 11:32; Melachim Beit 12 (2 Crônicas, cap. 12). O Profeta Jeremias, todavia, fala de uma Nova Aliança a ser feita exatamente com a Casa de Israel e com a Casa de Judá. Daí ser necessário observar que essa profecia somente poderá acontecer quanto se cumprir outra profecia – a da restauração das duas Casas: Israel e Judá – a sua subsequente reunificação, conforme consta de várias outras profecias (Yiechezkel [Ezequiel] 37:16-25; ver Yieshayhu [Isaías] 11:11, 12; Yirmeyahu [Jeremias] 3:18; 50:4

2.5 Portando, quando Jesus entrou no cenário judaico, no primeiro século da Era Comum, não havia mais as duas Casas – a de Judá e a de Israel – mas unicamente a Casa de Judá, incluindo judeus da tribo de Benyamin, além dos levitas, a qual se encontrava sob o domínio romano. Por isso, a própria origem do chamado “Novo Testamento” , seria a “Nova Aliança”, predita em Jeremias 31:31, é fraudulenta, porque, não existindo a “Casa de Israel”, algo a ser compreendido na restauração das Tribos perdidas, que é uma das missões do Mashich verdadeiro (Yishayahu 11:1, 11,12; 49;6), não poderia Jesus ser o mediador dessa “Nova Aliança” apenas com a “Casa de Judá”. Para compreender plenamente essa questão, é mister-recordar-se que a vinda do Mashiach de Israel, o Descendente de Yishay, pai de David, como predito em Yishayahu 11:1-12, somente ocorrerá após a Segunda Grande Teshuvah (Retorno) e a Reunião dos Judeus, sim, “pela Segunda vez”, após a Segunda destruição do Beit HaMikdash, evento que, de acordo com os evangelhos, Jesus predisse a destruição do Templo sagrado, ele não pode ser o Mashich, pois o Mashich somente viria depois dessa destruição e a própria vinda do Mashich legítimo somente ocorrerá no fim da grande Diáspora, iniciada com a destruição do Segundo Templo! (é só ler Yishayahu 11:1,2,11,12).

2.6 De fato, entre os grandes eventos preditos, para a vinda do Mashich, está o retorno de judeus à Terra Santa e a reunificação das Casas de Judá e de Israel (Yishayahu 37:15-28) e o domínio de Israel sobre o Monte Moriah, onde será edificado o Terceiro Templo, terminando os dois mil anos ou “dois dias” preditos por Hoshea 6:1,2 (um dia equivale a mil anos para o Eterno, conforme o Tehilim [Salmo] 90:4), quando os filhos de Israel retornariam à Terra Santa para, ali, restabeleceram os sacrifícios, e o próprio Santuário Sagrado será o penhor da Nova Aliança, que é uma Aliança de Paz (Hoshea 3:4, 5; Yiechezkel 37:21-28), Nesse sentido, o “Novo Testamento” é uma farsa que, sem dar-se conta do alcance e do tempo especifico do cumprimento das profecias, apresenta (divagações) em que se confudem contradições e sofismas diversos. Um exemplo adicional desse cenário contraditório é a questão de uma ser humano poder ser ensinado por outro, após a plena implantação da Nova Aliança. No texto de Jeremias 31:31, 33, 34, foi predito: ‘“Eis que vêm dias’, diz o Eterno, ´e irei concluir uma Nova Aliança com a Casa de Israel e com a Casa de Judá”’, `“Esta é a Aliança que firmarei com a Casa de Israel, depois daqueles dias’ , diz o Eterno, ‘implantarei Minha Torah no seu íntimo, e escreverei no seu coração. E não mais ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: ‘Conhece ao Eterno’, porque todos Me conhecerão, desde o menor até ao maior deles´, diz o Eterno, ‘pois perdoarei as suas iniquidade e dos seus pecados jamais Me lembrarei’”.

2.7 Como sabido, quando a Verdadeira Aliança do Mashich estiver em operação, a Humanidade adquirirá tão elevado conhecimento da Torah, que todos os seres humanos serão igualmente integrados à plenitude Divina e tudo funcionará para o bem comum (Yieshayahu 11:9; Tehilim 22:26-28). Ninguém precisará mais de instrutores, de pregadores e de líderes religiosos. Nenhum homem dominará outro homem para desgraça, como ocorreu na História (Kohelet [Eclesiastes] 8:9). Ao aplicar esse texto de Jeremias, para dar uma roupagem profética ao “Novo Testamento” (e Hebreus 8:10,11), mais uma vez restou exposta a fraude neotestamentária do proselitismo determinado: “Ide e fazei discipulos e todas as Nações, batizando-as... ensiando-as a obedecer todas as coisas que vos ordenei” (Mateus 28:19,20) Se, como vimos, a Nova Aliança proíbe, taxativamente o ensino, nesta palavras: “Não mais ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: ‘Conhece ao Eterno´, porque todos Me conhecerão, desde o menor até ao maior deles”, como é possível identificar o chamado “Novo Testamento” cristão com a “Nova Aliança” Judaica? Ademais, na perspectiva profética, não são os judeus que procurarão os gentios, nos Acharit Hayamim [últimos dias da História], mas são os gentios que procurarão os judeus, para servirem ao mesmo D-us, após a construção do Terceiro Templo, no Monte Moriah, em Yierushalayim (ver Yieshayahu 2:2-5; 56:1-8; Zacharyah [Zacarias] 8:20-23.

2.8 Um segundo aspecto, entre centenas de outros, a desmascarar a falsa pretensão de o “Novo Testamento” ser Palavra de D-us, em confronto com a Revelação do Sinai, tem a ver com a fraudulenta aplicação de Hoshea (Oséias) 11:1 ao menino Jesus, em que fuga para o Egito, apresentada apenas no evangelho de Mateus como uma determinação dada por meio de um anjo, em sonho, a José (Mateus 2:13-15). Segundo a narrativa, D-us não teria encontrado outro meio para salvar o “Seu Filho”, senão pela violação de Sua Torah, na qual o Eterno determina que, entre os deveres de um rei judeu, está a proibição de fazer o povo retornar ao Egito, porque a Mitzvah é clara: “Nunca mais deveis retornar por este caminho” (Devarim 17:16). A invenção da ida dos pais de Jesus ao Egito, vendo-se o assunto sob óptica mais benévola, não poderia jamais acontecer, diante da ameaça do Profeta Yieshayahu (Isaías): “Ai dos que descem ao Egito em busca de Socorro...Os que não atentam para o Santo de Israel, nem buscam ao Eterno” (Yieshayahu) 31:1; ver 30:1, 2). Na verdade, a Torah considera a ida ao Egito, ainda que em busca de socorro, como um dos mais graves castigos em razão de ignominiosos pecado praticados contra o D-us de Israel (Devarim 28:68), uma verdadeira negação da Primeira Pronunciação: “Eu sou o Eterno, teu D-us, que te fiz sair da Terra do Egito, portanto, é uma traição ao D-us Libertador!” É retornar à terra da escravidão!

2.9 Todavia, por mais incrível que possa parecer, esse ensino, cheio de aberrações terríveis, do ponto de vista da Torah, encontrou respaldo em outro exercício de fralde impensável: estava prevista essa ida ao Egito! Assim, lemos em Mateus 2: 14,15 que José “ levantou-se, tomou de noite o menino a sua mãe, e partiu para o Egito, e lá ficou até á morte de Herodes, para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor, por intermédio de seu profeta: “ Do Egito chamei o Meu filho.” Como sabido, essa citação é parte de Hoshea 11:1: “Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei o meu filho.” Esse texto sagrado, no entanto, nada tem a ver com a trama neotestamentária, por simples razão: reporta-se á libertação de judeu para lá, algo proibido logo no verso 5, do mesmo capítulo 11 de Hoshea, como também em vários outros textos do mesmo profeta (hoshea 7:16; 8:13 e 9:3). No texto citado, o Eterno está recordando o que já fez por Israel no passado e não o que ele faria no futuro, pois o inteiro cenário tratado quanto a uma ida a mitzayim é sempre no contexto de castigo, pela rebeldia e pela violação da torah (Devarim 28:68). Pena que Mateus, sendo judeu, se realmente era, ou quem o reescreveu, não viu nada disso, e deturpou a torah para fundamentar a ida do menino Jesus ao Egito- um lugar proibido, para buscar-se refúgio e, com essa desobediência, livrar-se de Herodes, que iria a falecer só mais tarde. Não seria mais fácil para o Todo-Poderoso retirar de Herodes do caminho, ao invés de mandar o menino e sua família para o Egito? Assim, que certeza poderíamos ter de ele ser coerente?

*2.10 Há uma outra questão de suma importância para provar as fraudes do “Novo Testamento” e tem a ver, desta feita, com a virgindade de Maria, quando do nascimento de Jesus nazareno. Uma das invenções mais grosseiras do “Novo Testamento”, de fato, consiste no ensino do nascimento virginal de Jesus, pois apresenta como erro do criador a normal faculdade da geração e concepção de filhos, como escreveu Tomás de aquino, considerando um dos baluartes do cristianismo, ”doutor da igreja” : ´D-us deveria ter encontrado uma maneira menos imunda para a procriação ´. Essa rejeição da primeira de todas as Mitzvot da Torah, a procriação (Beresht 1: 28), pelo cristianismo, ao forjar o ensino de que Maria mãe de Jesus, continuou sendo virgem após a concepção e o parto, emprestou uma inexistente pecaminosidade ao sexo, como é crença generalizada na igreja, que proíbe o casamento de clérigos, exige o celibato de homens e mulheres que quiserem viver uma vida de maior “santidade”, desvirtuando, assim, a santidade do matrimônio e o prazer sagrado que vem da relações sexuais (Mishley 5:15-21). Essa questão colide, inclusive, com o entendimento cristão de que o Isaque, mesmo tendo sido gerado por meio de uma relação sexual de Abrahão e Sarah, nasceram do espírito santo (Gálatas 4:29). Por que não seria assim com Maria e José, no tocante ao seu filho, Jesus? Não nasceu Jesus se uma mulher? (Gálatas 4:4).

2.11 Todavia, como sempre ocorre, para fundamentar-se, a falsidade precisa de um pouco de verdade. Assim, nada mais “inteligente” do que construir a teologia da virgindade a partir de um texto mal aplicado do Tana”ch – e esse texto é o do profeta Yieshayahu (Isaías) 7:14, que reza, no texto hebraico literal: “Portanto, dará o Eterno mesmo para vós sinal: eis, a donzela grávida dará à luz filho e lhe chamará o nome Imanu El” (que significa: “Conosco [está] D-us”). A começar pelo fato de não contar no texto a palavra “virgem” (em hebraico: betulah), mas almah, ou seja, jovenzinha ou donzela, várias situações mostram o inútil esforço da igreja para, à semelhança das religiões do Egito, Índia, Pérsia etc., cujos avatares nasceram de virgens.
- Osíris, Krishna e Mitra, respectivamente – também apresentar ao
mundo o seu deus (Jesus) como nascido de uma virgem. Ademais, na Pérsia, Zoroastro era visto como o redentor do mundo, nascido de uma virgem; o próprio Buda também nasceu de uma virgem, chamada Mai ou Maria; os Siameses criam num deus nascido de uma virgem chamada Codom, que fora avisado por anjo que se tornaria mãe por meio dos raios de Sol, e que o filho teria natureza divina. Essa falsidade, como visto, não é exclusiva dos cristãos, pois é mais antiga do que sua fé, mas o paganismo também dominou o tema no seio do cristianismo.

*2.11 Diante desse quadro estranho, a única coisa que os cristãos não
fizeram, para perceber a fragilidade dessa tremenda falsidade, foi ler todo o capítulo sete de Isaías, e forjaram a história da virgindade, a qual logo leva o leitor à seguinte questão: Quem mentiu – o Profeta Isaías, que diz que o nome da criança seria Emanuel [Imanu El], ou o anjo analfabeto, que não leu Isaías e mudou o nome do bebê para JESUS? (Ver Mateus 1:21), Ora, ninguém nunca chamou Jesus pelo nome de Emanuel, e sabemos que realmente nasceu um menino, nos dias de Acaz, segundo a Profecia, que a ele se dirige como Imanu-El (Isaías 8:8), atribuindo-se ao Rei Ezequias esse título, em razão das grandes obras por ele promovidas, na condição de instrumento do Eterno. No entanto, a grande dificuldade não é apenas a do nome – que é muito relevante em termos de Escrituras Sagradas – mas tem a ver com o tempo de cumprimento da própria profecia sobre o nascimento de Emanuel, como sinal Divino.

2.13 Os cristãos tomaram o bonde errado, ao presumir que poderiam levar a profecia de Isaías 7:14 para quase sete séculos. Depois, para a época de Jesus, uma vez que o Eterno fixara, por Seu santo Profecia, Isaías, o tempo preciso do cumprimento dessa profecia, que era de apenas até treze anos, ou seja, o tempo em que o menino faria seu Bar Mitzvah. Basta ler, na tradução católica A Bíblia de Jerusalém: “Pois sabei que os senhor mesmo dará um sinal: Eis que a jovem concebeu e dará a luz um filho e pôr-lhe-a o nome de Emanuel. Ele se alimentará de coalhada e de mel até que saiba rejeitar o mal e escolher o bem, a terra, por cujos dois reis tu te apavoras, ficará reduzida a um ermo” (Isaías 7: 14-16). Os dois reis – Retzin, da Síria,
E Fecach, de Efráim [Samária] – uniram-se para atacar Judá, mas o Eterno disse que isso resultaria em nada, e deu o sinal do nascimento de Emanuel – um sinal para os dias de Achaz, enquanto Judá estava sob a ameaça desse dois reis inimigos. Não há como estender esse sinal para os dias em que os romanos dominavam a inteira Terra de Israel, pois essa extensão de tempo colide, ainda, com os sessenta e cinco anos finais de sobrevivência do rebelde Efráim (Samária) (ver Isaías 7:8; 2 Reis 17: 1-6). A simples leitura de todo o capítulo 7 Isaías expõe a fraude dos cristãos e na estranha história da “Virgem Maria”. Aliás, da família de Jesus tudo o que se pode ver é confusão. De fato, quem era seu avô, pai de José? Mateus diz que era Jacó (Mateus 1:16); Lucas discorda, e diz que era Eli (Lucas 3:23). O mais grave, porém, é que Mateus (1:11,12) inclui Jeconias entre os ancestrais do Nazareno, o que impede Jesus de pleitear o trono de David, diante do impedimento de os descendentes de Jeconias poderem ser reis em Judá, por determinação divina (Jeremias 22:24-30).

III – NOSSO REPÚDIO PELAS MENTIRAS DO
“NOVO TESTAMENTO” O CONFRONTO
COM A VERDADE!

3.1 Quando uma pessoa que se diz “judeus messiânico”, ou
seja, que é um pretenso “judeu cristão”, vai rezar no “Muro das Lamentações” sente um terrível impacto: Há um Muro (Kotel), que subsiste há muitos séculos de História. Segundo a Fé judaica, essa grande Parede de pedras dá testemunho de que continuamos esperando o nosso Mashiach, como está escrito: “O meu Amado é semelhante ao gamo ou ao filho da gazela; Ele está detrás da nossa Parede, olhando pelas janelas, espreitando pelas frestas” ( Shir HaShirim 2:9). Ora, a própria continuidade da grande Parede do Kotel – o lugar mais sagrado do Judaísmo – até os nosso dias é um forte Testemunho da veracidade da Palavra do Eterno. Mas, ao mesmo tempo, suscita, para os cristãos e “judeus messiânicos”, uma triste lembrança – Jesus mentira, quando profetizou: “Em verdade vos digo não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada” (Mateus 24:2). As pedras do Kotel HaMaaravi continua umas sobre as outras. A profecia de Jesus falhou espalmadamente!

3.2 Não foi somente essa profecia de Jesus que não teve cumprimento. Há algumas mais dramáticas. Por exemplo, Jesus disse que seus discípulos não terminariam de pregar nas cidades de Israel e nem morreriam antes de verem chegar o “Filho do Homem” no seu reino – o que não aconteceu, como sabemos, até nossos dias – Mateus 10:23; 16:28; 24:14. Naturalmente, o Reino de D-us, nos precisos termos descritos por Daniel 2:44, é um Governo real, que acabará com os sistemas políticos terrestre e os substituirá, definitivamente, pelo terrestres e os substituirá, definitivamente, pelo Reinado da Casa de David. Se um cristão tenta convencer-nos de que a chamada “transfiguração” seria esse “reino”, realmente está delirando. O Reino de D-us não se sabe porque, nem poderia ser relatada para ninguém conforme ordem de Jesus (Mateus 17:9). Claro, se Jesus disse que seu reino “não é desde mundo” (João 18:36), mas o Reino de D-us é deste mundo e destruirá os demais reinos deste mundo e somente ele permanecerá (Daniel 2:44; Tehilim 110:1-8, texto heb.), ou seja, somente Israel restará (Jeremias 30:10,11; 46:28), o reino de Jesus deve ser outro planeta. Não admira que ele, nas duas mais importantes ocasiões em que poderia provar sua pretenção real, simplesmente agiu com covardia! (João 6:15; Mateus 26:63, 64). Sim, não quis assumir o que o anjo do evangelho sobre ele dissera: “D-us lhe dará o trono de Davi, seu pai! (Lucas 1:32). O trono de Davi era deste mundo!

3.3 Libertar uma pessoa que passou pela lavagem cerebral do “Novo Testamento” certamente não é fácil. Crer em mentiras deslavadas faz parte da teologia cristã. Um exemplo é a deturpação do relato do historiador judeu Flávio Josefo, no livro Guerra dos Judeus
contra os Romanos (cap. 19, parte 321), sobre a morte de um homem chamado Zacarias, filho de Baraquias, no Templo, evento que ocorreu quase quarenta anos depois da morte de Jesus. No entanto, ao escrever seu evangelho, o discípulos Mateus apresenta Jesus dizendo que Baraquias era pai do Profeta Zacarias, sacerdote assassinado no pátio do Templo, em Jerusalém. Houve uma tremenda confusão em Mateus 23:35, porque o Zacarias morto a mando do ímpio rei Yash (Jeoás), tinha por pai Yehoiada, como se pode ver em Divrey Hayamim [2 Crônicas] 24:20. Assim, o Mateus tomou como matéria de fundo do seu relato um evento ocorrido muito depois da morte de Jesus, e por isso, ou Mateus não sabia que o Profeta Zacarias, que não é o mesmo escritor do Livro de Zacarias, tinha por pai outro homem. Essa confusão desmerece o relato.

3.4 Uma outra questão essencial na nossa rejeição de qualquer possibilidade de admitir o “Novo Testamento”, mesmo como livro histórico, é a intençao evidente com que os escritos foram deturpados, de modo geral, os escritos foram deturpados, de modo geral, para fundamentar o anti-semitismo que norteou o morticínio dos judeus nestes quase dois mil anos de supremacia do cristianismo. O deboche atinge o auge quando Israel é simplesmente substituído pelos gentios, como se todos os juramentos Divinos, feitos aos nosso antepassados, fossem promessas passíveis de alteração. Os constantes ataques contra os fariseus, de parte de Jesus, realmente mostram que ele não cumpria nem sequer o que ensinava, quanto a não retaliar os inimigos. Segundo Mateus e Lucas, o mestre foi muito além, põe os “filhos do reino” – os judeus – no inferno, e os gentios são contemplados, no Mundo Vindouro, com a vida eterna junto com Avraham, Yitzchak e Yaakov, e todos os Profetas (Mateus 8:11 12: 13:28, 29) assim ao invés de serem os judeus os reunidos dos quatro cantos da Terra, com predito (Isaías 43:5-7; 49:12), a igreja pretende ser destinatária, no lugar dos israelitas, das promessas de restauração e, para isso, transformou os gentios em substitutos dos filhos de Avraham. No entanto, no Propósito Divino, os não-gentios são chamados a participar da alegria do Povo de Israel, o Povo salvo pelo Eterno, e não a usufruir a a Redenção, exclusivamente, ou como substitutos dos judeus (Devarim 32:43; 33-28, 29).

3.5 Da leitura do “Novo Testamento”, ressalta-se a única conclusão possível: não se trata de uma mensagem Divina, dadas as hostilidades contra a santa Torah. A aceitação desse conjunto de heresias – além da generosa prosposta de Rav Rambam, de que D-us pode usar tanto o Nazareno quanto o Ismaelita, como instrumentos para “pregar o caminho para o Rei-Messias, moldando o mundo todo para servir a D-us conjuntamente” [Mishnê Torá, Imago, p. 296] – é realmente repudiar a Torah, e os Profetas. Nesse caso, jamais poderemos, como judeus, trair nossa fé ancestral, em razão da qual fomos constituído o povo santo e especial de nosso D-us. Nesse diapasão, devemos identificar o perigo que causará á nossa segurança espiritual manter amizade com quem se esforça em nos afastar da Torah para crer num “senhor morto”, num falso messias e num deus desconhecido de nossos Patriarcas. É mister recuperar a plena consciência de que não é possível fazer um amálgama de doutrinas judaicas e cristãs. Simplesmente, isso é impossível. Quando nos deparamos com pessoas sejam elas quem forem que desejam nos seduzir para crer no falso messias com tais, porque estaríamos adentrando no caminho da idolatria, para adorar outro Deus, que não o KADOSH BARUCH HU. Lembremos-nos, portanto, da advertência da torah: “se teu irmão, filho de tua mãe, ou teu filho, ou tua filha, ou a mulher de teu amor, ou o amigo que amas como a tua própria alma te incitar em segredo, dizendo: “vamos e sirvamos a outros deuses, que não conheceste, nem tu, nem teus antepassados, não concordarás com ele, nem o ouvirás; não o olharás com piedade, não o pouparás, nem o esconderás...” (Devarim 13:6-8). O desprezo a tais pessoas é a nossa segurança espiritual. Descarta-se, daí, a possibilidade de ecumenismo perigoso.

3.6 Uma das dificuldades adicionais da aceitação da
messianidade de Jesus Nazareno, além do fato dele não ser descendente de David Melech (pois os evangelhos dizem que José era apenas seu pai adotivo, e nessa situação nem mesmo ele poderia ser aceito na Congregação de Israel, por ser um bastardo – Devarim 23.2), é o tempo decorrido desde sua vinda e o não - cumprimento das profecias que, na visão dos Profetas de Israel, teriam imediata realização como promessas messiânicas. O cristianismo falhou em tudo. O cenário do mundo atual, a par das desgraças perpetradas pelos professores seguidores do Nazareno contra o nosso povo, comprova a fraude que o cristianismo tem patrocinado para a sofrida humanidade. É por isso que nós - judeus, não podemos assimilar essa fé decadente, essa farsa gritante e aceitar o espúrio messias dos Cristãos. Precisamos ser livres do ideário cristão, porque suas expectativas são falsas, seus ensinos contradizem a nossa Torah e nós, judeus, temos todo o arcabouço da sabedoria infinita para nos guiar até à chegada do nosso Mashiach, cuja vinda anelamos todos os dias.

IV – AS CONTRADIÇÕES QUE A TRAMA NEOTESTAMENTÁRIA
NÃO CONSEGUIU APAGAR.

4.1 O simples exame dos escritos do “Novo Testamento”, que
servem de base para a fé de cerca de dois bilhões de seres humanos, dá conta de que não resistem a uma análise até singela. Pela aplicação do método de Shlomoh, para a interpretação dos textos sagrados, “comparado uma coisa com outra, para a respeito delas formar o meu juízo” (Kohelet Esclesiaates) 7:27, Verificaremos que cada comparação, seja dos textos do “Novo Testamento” com os do TANA” CH (a Bíblia Judaica), bem como nos próprios textos da bíblia cristã entre si, a confusão é grande, ‘as vezes as discrepância chegam a ser ridículas. O lamentável é que há judeus se voltando para essas coisas espúrias, abandonando o povo escolhido, justamente quando os sinais da chegada do verdadeiro Mashiaach já apontam o despertar da era Messiânica. Por isso, a necessidade de uma reeducação de famílias de judeus assimilados, ou em processo de abandono da Torah, para que tomem conhecimento do perigo espiritual que estão correndo, ao acreditarem em mentiras e tramas nem sequer bem urdidas.

4.2 Como judeu, além do método de Shlomoh, acima mencionado, temos as “Treze Regras do Rav Yishmael”, para a segurança das interpretações (Ver Sidur da ED. Sêfer, pp. 302, 303). Usando-se esse método, qualquer tentativa para colher alguma conciliação entre os textos neotestamentários mostra-se debalde.
Realmente, o “Novo Testamento” deve ser abandonado como literatura inexpressiva, em questões de Revelação Divina! A total desarmonia entre os textos cristãos e até mesmo com a história secular é gritante; a cronologia não consegue acompanhar os eventos e não raro evidencia uma estranha necessidade de fazer-se opção entre teses antagônicas. Esse quadro é também evidente em discrepância doutrinárias. Assim, por exemplo, um membro da Igreja Adventista pode encontrar, no “Novo Testamento”, respaldo para não comer comidas imundas (2 Coríntios 6:17, 18; 7:1); mas, um membro da igreja batista também encontrará guarida para o ensino de que é possível comer comidas proibidas pela Torah (Ver 1 Coríntios 10:25; Marcos 7:18-20). É possível acreditar que não é necessário nenhuma caridade para um crente salvar-se (Efésios 2:8,9; Romanos 4:5), como é possível verificar que outro escritor exige as boas abras para a salvação! (Tiago 2:14-26) ao que tudo indica, a oração do Nazareno, em favor da unidade de fé dos seus seguidores, não foi ouvida! (João 17:20-23). É difícil conciliar as várias doutrinas cristãs em conflito, no elenco de suas diversas seitas antagônicas, e retirar do “Novo Testamento” algo que pudesse compelir com a nossa Torah simplesmente não sobra nada!

4.3 Uma maneira de compreender bem a triste situação do “Novo Testamento” é levantar-se a contextualização dos ensinos, a partir dos evangelhos, do livro de atos, das cartas e do livro do Apocalipse. A surpresa é grande, diante de tantas contradições. Nesse sentido, recordamos o que escreveu o discípulo Lucas, ao dizer que pesquisara todas as coisas para fazer seu relato evangélico: “Visto que muitos houve que empreenderam uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram testemunhas oculares e ministros da palavra, igualmente a mim me pareceu bem, depois de ACURADA INVESTIGAÇÃO DE TUDO DESDE SUA ORIGEM, dar-te por escrito, excelentíssimo Teófilo, UMA EXPOSIÇÃO EM ORDEM, para que tenhas plena certeza das verdades em que foste instruído” (Lucas 1:1-4). A impressão que se tem, logicamente, é que o Evangelho de Lucas, diante de tais palavras, esgotou todo o ensino de Jesus e seria mais completo do que todos os demais evangelhos. Mas isso não é verdade. Trata-se de claro sofisma.

4.4 Com efeito, o mais importante milagre de Jesus, relatado no Evangelho de João, ou seja, a ressurreição de lázaro, após quatro dias de decomposição de seu cadáver (João 11:1-53), não mereceu uma única linha no Evangelho de Lucas, apesar de ele Ter feito uma “acurada investigação de tudo desde sua origem”. Seria Lucas o “o médico armado” mencionado por Paulo como um de seus companheiros e viagem? (Colossenses 4:14). Nesse caso, como médico, Lucas não engoliu a magnitude desse assombroso milagre. Ou nada havia, na época em que compôs seu relato, sobre esse fantástico fenômeno sobrenatural. É estranho ainda, o fato de ter Lucas deixado de incluir, em seu exaustivo trabalho, nada menos que quartoze parábolas de Jesus, encontradas em outros evangelhos: 1) a do joio; 2) a do tesouro escondido; 3) a pérola de grande valor; 4) a rede de pescar; 5) o pai de família e o tesouro; 6) o credor exigente; 7) os trabalhadores; 8) os dois filhos; 9) as bodas; 10) as dez virgens; 11) os dez talentos; 12) as ovelhas e os bodes; 13) o pai de família e os servos; 14) e a semente (ver Mateus 13:24-30:13:44-52; 18:23-35; 20:1-16; 21:28-32; 22:1-14; 25:1-46). Lucas também – como os demais evangelistas sinópticos – não incluiu a história da mulher adúltera, relata em João 8:1-11, embora esse relato, antes de estar no Evangelho de João já tivesse sido exposto no Evangelho de Lucas e dali retirado. Segundo a antologia de Lewis Browne, Sabedoria de Israel, essa história é de origem grega. A simples leitura desse texto, porém induz o leitor a inferir que Jesus acreditou que uma mulher fosse capaz de adulterar sozinha, ou ele era machista e parcial, pois nada perguntou sobre o homem adúltero (ver Devarim [Deuteronômio] 22:22); o relato insinua que o Templo Sagrado possuía chão, sem piso, onde Jesus pudesse escrever (João 8:2, 6, 8), e apresenta a condenação da mulher como procedimento que pudesse ser levado à execução sem o pronunciamento dos juizes! (Devarim 1:16, 17; 16:18-20). Não admira que tal texto esteja sendo expulso do “Novo Testamento” como espúrio!

4.5 Por isso, causa perplexidade a simples leitura de explicação, como a do Dr. Lucas, de que seu evangelho conteria “tudo desde sua origem”, toda a história e ensinos do Nazareno. Mas Lucas equivocou-se, ou certamente não teve acesso a muitos escritos sobre Jesus, hoje conhecidos, porque somente seriam escritos muito mais tarde, por supostos discípulos, que não tendo escrito nada, tornaram-se famosos escritores mesmo assim. Veja-se, por exemplo, o caso do pseudônimo dado ao apóstolo João, sem que nada comprove ser ele o tal “discípulos que Jesus amava” (João 13:23; 19:26; 20:2; 21:24). Seria mesmo João esse discípulo tão destacadamente amado? Ora, esse título especial jamais caberia a João, e sim, como de todos sabido, ao discípulo Lázaro, sobre quem está escrito: “Mandaram, pois, as irmãs de Lázaro dizer a Jesus: Senhor, está enfermo aquele a quem amas” (João 11:3). Esse amor era muito particular. Quando Lázaro morreu, Jesus chorou, e veio o reconhecimento desse amor pelos presentes: “Vede o quanto o amava” (João 11:36). Assim, o único discípulo a merecer tal distinção era Lázaro, não João. Por ser o discípulo amado e destacado protagonista dessas histórias, que se encontram no atual Evangelho de João, inclusive a de sua própria ressurreição, desconhecida dos demais evangelistas, Lázaro está muito mais habilitado a ser o autor de grande parte desse evangelho, particularmente porque, tendo ressuscitado, conforme o relato, seria sobre ele mais apropriada lenda de que “o discípulo a quem Jesus amava... não morreria” (João 21:20-23). Com isso, constatamos que até mesmo a autoria dos relatos não é fidedigna. Quanto mais seu conteúdo e veracidade histórica!

4.6 Quanto ao elenco de contradições, desarmonia entre si e
inúmeras agressões aos textos do Tana”ch, o ”Novo Testamento” é incomparável. Talvez somente o Corão – livro sagrado dos muçulmanos, que confunde Miriam, irmã de Moisés, com Maria, mãe de Jesus – possui mais sandices. Adiante, uma pequena lista desse triste cenário que, a bem da verdade, desautoriza ser o “Novo Testamento” uma Palavra do Criador para a Humanidade. De fato, da Torah foi dito: “A Torah do Eterno é perfeita e restaura a alma; o Testemunho do Eterno é fidedigno, e dá sabedoria aos simples. Os Preceitos do Eterno são corretos e alegram o coração; o Mandamento do Eterno é puro e ilumina os olhos” (Tehilim 19:8, 9, texto hebraico). Com forte certeza, aprendemos, como judeus, que na Torah, nos Profetas e nas Escrituras inspiradas, dadas aos nosso Povo, “não há nenhuma coisa contraditória, nem perversa. Todas são corretas, para quem as entendem justas, para os que acham o conhecimento” (Mishley [Provérbios] 8:8, 9). O mesmo, evidentemente, não se pode dizer do “Novo Testamento”.

V – ALGUMAS PÉROLAS NEOTESTAMENTÁRIAS.
CONFUSÕES E CONTRADIÇÕES SEM FIM. AS FALSAS PROFECIAS
DE JESUS NAZARENO. A IDENTIFICAÇÃO
DO VERDADEIRO MESSIAS DE ISRAEL.


5.1 Para comprovar-se o elenco de contradições, falsas profecias, confusões e não raro a má fé dos autores do “Novo Testamento”, no vão esforço de tornar a nossa Torah obsoleta e, assim, apresentar as escrituras cristãs como sucedâneo do que se habituaram a chamar de “Velho Testamento”, ou seja, a Bíblia Judaica, basta fazer uma simples leitura e comparação dos textos abaixo citados. Infelizmente, até mesmo esse cotejo causa medo nos cristãos e nos chamados “judeus messiânicos”, porque suas crenças simplesmente desabam, ao primeiro contato com a falta de inspiração Divina de seus escritos sagrados. A lista abaixo, como se percebe, não esgota o tema. Das centenas de contradições, escolhemos algumas, para meditação dos leitores.

5.2 Naturalmente, os exegetas da fraude não se cansarão de
tentar explicar o inexplicável, para convencer os crédulos de que o Messias já veio há quase dois mil anos atrás, embora as profecias fidedignas sobre a Era Messiânica somente agora começam a fluir, com a aproximação dos tempos designados como Acharit Hayamin – com a entrada de Israel, como Nação organizada, no centenário mundial, com o retorno dos Judeus ‘a Terra de nossos ancestrais, com a crescente onda de anti-semitismo despontando nos horizontes sóciopolítico e econômico das nações, com o despertar dos Judeus para a Torah, inclusive os descendentes dos convertidos ‘a força ao cristianismo, e, mais ‘a frente, com a breve restauração da Profecia em Israel e a construção do Terceiro Templo no Monte Moriah. Por isso, simplesmente, não seria possível ver-se em Jesus o nosso Messias, porquanto, nos seus dias, no primeiro século da Era Comum, diferentemente do que todos os israelitas esperavam, não floresceu o justo e nem se viu a esperada abundância de paz e nenhum Governo messiânico foi estabelecido! (Salmo 72:7, no texto hebraico 72:8). Além disso, Jesus morreu, algo que não esperamos de Rei-Messias, procedente da casa de David (Isaías 9:7; Daniel 7:14; Salmo 61:6, 7, no texto hebraico 61:7, 8) Anelamos, com fervor, pelo dia em que nosso Messias Se manifestará, para a felicidade de todos os descendentes de Nóe!

5.Em questão de identificação do Messias de Israel, é vital analisar algumas das exigências fixadas no Tana”ch. Os pré-requisitos messiânicos são amplos, e está bem claro que Jesus não satisfez a nenhum deles; ele apareceu no cenário fora do tempo, não concretizou a libertação de Israel, não reuniu as Tribos dispersas, não pôde restaurar o Templo, porque em sua época não estava destruído, não estabeleceu a paz entre as Nações e, ao contrário, seus professos seguidores, nos últimos vinte séculos, promoveram guerras sem fim, inclusive as duas Guerras Mundiais, além da incessante perseguição dirigida contra os Judeus. Do elenco de exigências que o candidato a Messias deverá satisfazer, de maneira plena, cabal, convincente e definitiva, registramos doze. Eilas: a) O Messias é Judeu ( Números 24:17; Deuteronômio 17:15; 18:15); b) ele é descendente da tribo de Judá (Gênesis 49:10); c) ele é descendente do rei David (2 Samuel 7:11-29; Salmo 89:29-37; Jeremias 23:5; 33:17; 1 Crônicas 17:11); d) ele é descendente do rei Salomão (1 Reis 9:4, 5; 1 Crônicas 22:9, 10; 2 Crônicas 7:18); e) não pode ser descendente de Jeconias (Jeremias 22:24-30); f) ele reunirá e restaurará as tribos dispersas de Judá e de Israel, unificando as duas casas (Isaías 11:1, 10-12, 16; 27:12,13; 43:5, 6; Jeremias 3:18; 50:4; Ezequiel 37:16-25); g) sua vinda está associada ‘a construção do Terceiro Templo, que será símbolo da Aliança de Paz (Ezequiel 37:26-28; Isaias 2: 1-4); h) o Messias, com a sua chegada, vem aos que abandonaram o pecado e acabará com a maldade e a pecaminosidade (Isaías 59:20, 21; 60:21; Jeremias 50:20; Ezequiel 37:23; Sofonias 3:13; Malaquias 3:19 [4:1, texto cristão]; i) a Humanidade alcançará a plena consciência da Vontade Divina (Isaías 11:1, 9 40:5; Habacuque 2:14; Jeremias 31:31-34; Joel 3:1. 2 (2:28, 09, texto cristão); j) o reinado do Messias na Terra resultará em serviço universal da Humanidade ao Criador, com paz total entre os homens e na natureza, e todos falarão um só idioma e estarão felizes com as abundantes provisões de toda ordem (Sofonias 3:9; Isaías 2:2-3; 11:1-9; 65:25; Miquéias 4:1, 2; Zacarias 9:10, 16; 14:9; Salmo 72:8-18; Oséias 2:20; Ezequiel 36:29, 30; Amós 9:13); k) ocorrerá a ressurreição física e espiritual dos mortos (Isaías 26:19, Ezequiel 37:12-14; Daniel 12:2; Jó 19:25-27; 33:25-28); e 1) o Messias trará o fim das doenças e da morte! (Isaías 35:5, 6, 10; 25:8; Oséas 13:14). Nos últimos vinte séculos, a História encarregou-se de provar que Jesus não satisfez as profecias messiânicas. Ele não é, definitivamente, o nosso Mashiach!

5.4 No tocante às falsas profecias de Jesus Nazareno, não nos
esqueçamos que basta uma palavra falsa para que o pretenso profeta seja rejeitado – não merece nosso temor (Deuteronômio 18:20-22). É obvio que os exegetas cristãos tentam, desesperadamente, emprestar interpretações diversas para as falsas profecias de Jesus. Não convencem, porém, dada a clareza meridiana de tais enfoques pseudoproféticos. Basta conferi-los:

a) Mateus 16:28: “Em verdade vos digo que alguns aqui se encontram
que de maneira nenhuma passarão pela morte até que vejam o filho do homem no seu reino.” Seria a farsa da transfiguração o reino? Fiquemos com Daniel 2:44, sobre o Reino do Messias ser real, capaz de destruir os governos adversários;

b) Mateus 10:23: “Em verdade vos digo que não acabareis de
percorrer as cidades de Israel, até que venha o filho do homem”. Talvez, por isso, os missionários e os “judeus messiânicos” estão loucos para imigrar a Israel, porque, afinal, essa pregação já dura quase 2000 anos e precisa ser finalizada, já que os primitivos pregadores ser finalizada, ainda não concluíram seu trabalho em todas as cidades israelenses. Como não existe outro cenário, Jesus mentiu e é mais um falso profeta;

c)Mateus 24:14: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim”. E o evangelho já foi pregado em todo o mundo? “Sim!” – responde o apóstolo Paulo: “não vos deixando afastar da esperança do evangelho que ouvistes, e que foi pregado a toda criatura debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, me tornei ministro” (Colossenses 1:23). E por que o fim do mundo não veio? Porque Jesus mentiu! E mentiu feio mesmo: “Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça” (Mateus 24:34). Onde será que está morando uma pessoa sequer daquela geração, que ouvi a mensagem de Jesus? Tem que sobrar ao menos um... ou era bluff! Jesus é um falso profeta!

*d) João 12:32: “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo”. Por que será que os chineses e os indianos – uma grande parte da Humanidade – não foi atraída por Jesus? Por que o islamismo está crescendo mais do que o cristianismo?

5.5 Ora, que falsas profecias são essas? Todos os discípulos de
Jesus morreram, devem ter percorrido todas as cidades de Israel e pregaram no mundo todo, como disse Paulo! Mas nada aconteceu. Seriam tais vãs promessas sinais identificadores do Messias? Querem que nós, judeus, acreditemos em tais mentiras “pela fé”? Como explicar a nós, judeus, que, há quase dois milênios, mesmo quando impedidos de orar nesse lugar sagrado, contemplamos o muro das Lamentações, o nosso Kotel, como prova evidente de que um dia o Beit HaMikdash será reedificado – diante de falsa profecia de Jesus de que nada sobraria do Templo? Ora, as pedras do Kotel HaMaaravi continuam umas sobre as outras. A profecia de Jesus falhou espalmadamente: “Em verdade vos digo que não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada” (Mateus 24:2). As pedras estão lá – contradizendo o Nazareno!

5.6 Há, ainda, algumas coisas intrigantes nos ensinos e
condutas de Jesus que causam espécie, quando se considera a grande expectativa construída pela igreja cristã de ser ele o Messias. Vejamos alguns fatos:

a) Jesus era capaz de amaldiçoar uma figueira, simplesmente porque a pobre árvore estava sem frutos, “porque não era tempo de figos” (Marcos 11:13). Que maldade antiecológica! Que violação da Torah! (Deuteronômio 20:19). Será que os cristãos dirão que o vento era simbólico e representa a rejeição de Israel? (Lucas 13:6-8) Ou Pedro está com a razão, ao ter observado que até as raízes da figueiras secaram? (Marcos 11:20, 21). Ora, se tais raízes secas são o Judaísmo, como querem alguns teólogos, o cristianismo, que, alegadamente, teria origem nessas raízes, estaria em grandes apuros! (Romanos 11:16-18);

b) Jesus tem compromissos com a família? Parece que não: “Se alguém vem a mim, e não odeia seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos, suas irmãs, sim, até a própria vida, não pode ser meu discípulo” (Lucas 14:26). Os cristãos correm para explicar: “odiar, ou seja, amar menos”, conforme nota marginal desse texto, nas traduções. Diferentemente do profeta Elias, que permitiu a Eliseu despedir-se de seus pais e amigos (1 Reis 19:19-21), Jesus não mostrou compaixão com um prospectivo seguidor, que alegou sua preocupação com seu pai falecido: “Permite-me ir primeiro sepultar meu pai. Respondeu-lhe, porém, Jesus: Segue-me, e deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos” (Mateus 8:21, 22). Jesus, ademais, proibiu que seus seguidores chamassem o genitor de “pai” (Mateus 23:9), o que o Criador não fez (Gênesis 2:24; Êxodo 20:12). Os verdadeiros Profetas discordam do Nazareno, quanto a essa proibição estender-se também ‘a esfera espiritual (2 Reis 2:12; 6:21; 13:14). Não admira que os parentes de Jesus o considerassem louco! (Marcos 3:21);

c) os cristãos aplicam a Jesus a nomenclatura de Isaías 9:6; assim, ele
seria o “Príncipe da Paz”. Custa acreditar, diante e suas palavras: “Não penseis que vim trazer paz ‘a terra; não vim trazer paz, mas a espada. Pois vim causar divisão entre o homem e seu pai; entre a filha e sua mãe e entre a nora e sua sogra” (Mateus 10:34,35). Não admira o ódio reinante na História, entre cristãos e deste para com os chamados “pagãos”. De fato, o mestre mandou os discípulos adquirirem até espadas, para certa ocasião! (Lucas 22:35-38). Jesus, no fim das contas, manda que seus seguidores matem os Judeus, “seus inimigos” (Lucas 19:27);

d) as profecias falam do Messias como alguém preocupado com o
destino de toda a Humanidade, pois falaria de paz aos não-judeus (Zacarias 9:10; Isaías 9:7). Mas Jesus, ao contrário, não estava muito preocupado com os gentios, proibindo seus discípulos de pregarem para os outros povos (Mateus 10:5-7). Com efeito, comparou uma gentia desesperada, que lhe suplicava ajuda, aos cachorros, sem direito algum! (Mateus 15:21-26);

e)Jesus levantava-se contra fatos históricos, na tentativa de confundir seus ouvintes, como fez no seu discurso sobre o maná. Segundo a Torah, o Eterno prometeu fazer chover “pão do céu” [lechem mim-hashamayim] para os hebreus (Êxodo 16:4, ver também Salmos 78:24; 105:40, texto cristão; 78:25; 105:41, texto hebraico). Mas, Jesus afirmou, categoricamente: “Em verdade vos digo: Não foi Moisés quem vos deu o pão do céu. O verdadeiro pão do céu é meu Pai quem vós dá.” “Vossos pais comeram o maná no deserto, e morreram”. “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer viverá eternamente” (João 6:32, 49, 51). A mensagem ficou sem sentido: os hebreus comeram o “pão do céu”, e morreram; os cristãos, mesmo comendo o seu “verdadeiro pão do céu”, continuam mortais. Que disparate!

f) Jesus se comparava a um ladrão (Mateus 24:43, 44) apesar dos malefícios dessa comparação (João 10:10). Ademais, não achava preocupante o terem chamado de comilão e beberrão, se ele dava razão para isso (Mateus 11:19), embora tal conduta o atingisse moralmente (Provérbios 23:20, 21); e ofendia a incolumidade pública em questões de higiene e purificação (Lucas 11:37, 38; Mateus 15:2), desrespeitando a autoridade divinamente constituída! (Deuteronômio 17:8-13).

5.7 Realmente, se as pessoas levassem a sério os ensinos de Jesus e
imitassem a sua conduta (João 13:15), a Humanidade estaria cheia de mutilados pela fé (Mateus 5:29, 30); de famílias destruídas pelo ódio (Lucas 14:26; Mateus 10:35); de covardes, sem senso de dignidade (Lucas 6:29); de miseráveis e perdulários, por de perderem o reino dos céus (Mateus 19:21-24); de homens cadastrados (Mateus 19:12); de subnutridos, por tantos jejuns (Mateus 5:20); Lucas 18:12); de ladrões justificados pelo mau exemplo (Marcos 11:1-6; João 13:15); de destacadores da autoridade constituída! (Lucas 13:31,32); de espancadores nas igrejas (João 2:15); e de porcos endemoninhados (Marcos 5:1-17). De fato, causa espécie certa análise da conduta do mestre!

5.8 Convém, ainda, fazer um breve registro da desonestidade das
citações parciais do Tana”ch no “Novo Testamento”. Se parte essencial do texto é omitida, um novo ensino ou aplicação do texto é omitida, um novo ensino ou aplicação profética deturpada vem a lume. Como já visto, isso ocorrerá com o texto de Oséias 11:1, citado em Mateus 2:15, onde se lê apenas a Segunda parte do versículos de Oséias 11:1. Ademais, o verbo está no passado, porque se refere ‘a libertação dos hebreus no Egito. Um outro exemplo é a citação de Isaías 42:1-4, em Mateus 12:18-21. O texto de Isaías 42:4 (muito mal traduzido pelos cristãos, por motivo óbvio) é omitido na parte que declara: “não será ferido [morto – ver Levítico 24:17, onde ocorre o mesmo verbo hebraico ych´heh], nem correrá [ou se ausentará] até pôr na Terra a Justiça”. Como Jesus foi ferido e morto, e foi ao Céu, segundo os evangelhos, sem que a Terra experimentasse a prometida Justiça, o escritor de Mateus (ou seu reescritor) retirou essa parte do texto, para evitar “mal-entendidos”. Mas está claro: Jesus não é o Messias, se essa aplicação de Isaías, pelos cristãos, estivesse correta. Ademais, sobre esse texto, recorda-se que nas Bíblias cristãs há título explicativo acima de Isaías 42:1 – “O Servo do Senhor”, reportando-se a Jesus; mas, no mesmo capítulo 42, acima do verso é cego e surdo”, as Bíblias cristãs substituem o seu messias por Israel: “Lamento sobre a cegueira de Israel”, dizem. Ou seja, se a matéria é boa, é aplicada a Jesus, se contém repreensão, aplica-se aos judeus! Esse expediente de ocultar o restante do texto foi muito explorado por Paulo, como em seu argumento de que Jesus é filho primogênito de D-us, em Hebreus 1:5 onde cita parte de 2 Samuel 7:14: “Eu lhe serei pai, e ele me será filho”. E o restante do versículo? “E quando ele cometer iniquidade, irei corrigi-lo com vara de homem, com açoites de filhos de Adão”. Tal exercício, portanto, é desonesto - ou o versículo todo se aplica a Jesus, ou, não.

5.9 De todo o conjunto de defeitos neotestamentários, citamos
apenas alguns, abaixo, além dos acima abordados, com comentários, recomendados que sejam lidos os textos indicados, para patentear-se a visão caótica desses escritos, que são tidos como “inspirados por D-us”. Facilmente, o pesquisador descobrirá que a Humanidade vem acreditando em fraudes religiosas, que causaram tantas guerras e mortes, e principalmente tanta hostilidade e brutais perseguições contra o Povo de Israel, porque jamais nosso Povo deixou de crer na sagrada Torah, para ser manipulado por invenções humanas. Eis alguns exemplos dessa estranha situação, que permeia todo o “Novo Testamento”, desqualificando-se como Palavra de D-us:

a) Contradições, falsas profecias e confusões nas palavras e condutas de Jesus, ou nos relatos sobre ele:

1) Jesus disse que seus discípulos não terminariam de pregar nas
cidades e Israel e nem morreriam antes de verem chegar o Filho do Homem no seu reino – mas pareceu que Jesus não sabia o que era o reino de D-us, pois sua profecia não aconteceu: os seus discípulos morreram, sem que p Reino tivesse aparecido, pelo menos não o de D-us! (Mateus 10:23; 16:28; 24:14; Daniel 2:44);

2) A profecia que fala que Jesus seria chamado de “Nazareno”, conforme registrada em Mateus 2:23, simplesmente nunca existiu na Bíblia Judaica, e nem a cidade de Nazaré existiu no tempo dos profetas de Israel! Aqui há um patente acréscimo na profecia, expondo a pessoa como mentirosa (Provérbios 30:5, 6);

3) Segundo o Evangelho de Mateus (21:18-20), Jesus amaldiçoou a
figueira e ela secou-se imediatamente; discordando de Mateus, Marcos (11:12-14, 20, 21) informa que somente no outro dia os discípulos perceberam que a figueira secara. É importante registrar, aqui, não só falta de sensibilidade de Jesus, para com a figueira, pois, como registrou Marcos (11:13), “não era tempo de figo” – e o Nazareno devia saber disso – como também a gravidade da conduta de Jesus, ao ter destruído uma árvore frutífera, violando a Torah, inclusive, porque o figo é uma das sete frutas que honram a Terra de Israel (Deuteronômio 20:19; 8:6-9);

4) Jairo pede a Jesus ajuda ‘a filha que estava morrendo (Lucas 8:41-
42); contradizendo Lucas, Mateus diz que Jairo pediu ajuda quando a filha já estava morta (Mateus 9:18);

5) Ao sair de Jericó, Jesus curou dois cegos (Mateus 20:29, 30); não
foi bem assim, pois ele curou apenas um cego (Marcos10:46, 47);

6) Zacarias, disse Jesus, equivocado, era filho de Baraquias (Mateus
23:35); mas não era nada disso, pois Zacarias era filho de Yehoiada (2 Crônicas 24:20-22). Na verdade, esses personagens, citados por Jesus, encontram-se em Flávio Josefo (Guerra dos Judeus contra os Romanos, cap. 19, parte 321), e se trata de evento ocorrido cerca de quarenta anos após a morte do Nazareno, que, assim, não poderia Ter falado sobre tal ocorrência, como fato histórico;

7) Dois discípulos buscaram uma jumenta e um jumentinho para Jesus
(Mateus 21:2-7); mas Marcos escreveu diferentemente – era apenas um jumentinho, sem a mãe (Marcos 11:2-7);

*8) Um “novo mandamento” foi dado por Jesus, escreveu João (João
13:34); mas foi um equívoco, pois não há “novo mandamento” algum, escreveu João depois (1 João 2:7, 8; 2 João 5);

9) Jesus afirma, em Lucas 16:16, que a Torah e os profetas vigoraram apenas até João Batista. Mas, espere! Mesmo assim, Jesus afirma que não cairá um yud [menor letra do alfabeto hebraico] da Torah, e isso no versículo seguinte! (Lucas 16:17); segundo ele, ademais, ela continua em vigor e não cairá nenhum dos seus menores mandamentos! (Mateus 5:17-19);

10)Quem fez o pedido para que os irmãos Tiago e João se
assentassem, um ‘a direita e outro, ‘a esquerda, de Jesus, em seu reino? Mateus (20:20,21) afirma que foi a mãe deles; Marcos (10:35-37) assegura que foram os dois discípulos que fizeram o pedido pessoalmente;

11)Jesus disse que João Batista era o prometido Profeta Elias, que
deveria vir antes do terrível Dia do Eterno (Mateus 11:12-14; 17:10-13); João Batista, porém, desmentindo a Jesus, disse: “Eu não sou Elias” (João 1:19-21). Obviamente que João estava certo, porque a promessa não era do nascimento de uma criança, que assumiria apenas o modus operandi do Profeta, mas da vinda do Profeta Elias, ele próprio (Malaquias 4:5, 6 [traduções cristãs]; Malaquias 3:23, 24 [nas Bíblias hebraicas]);

12)Jesus, antes e depois de sua ressurreição, sabia de todas coisas
(João 16:30; 21:17); não, não é bem assim, pois ele não sabe de tudo não, nem antes e nem depois da ressurreição (Mateus 24:36; Atos 1:7);

13)Jesus disse que os judeus o conheciam e sabiam de onde ele era
(João 7:28); mas, de repente, deu um branco em Jesus, e ele disse que os judeus não o conheciam e não sabiam de onde ele viera (João 8:14, 19);

14)Jesus disse que não veio abolir a Lei e os Profetas (Mateus 5:17
-19); mas, seu fiel discípulo Paulo, mesmo confessando que cria em tudo que estivesse de acordo com a Lei e os Profetas (Atos 24:14), ensinou que Jesus aboliu a Lei, na sua morte (Efésios 2:15);

15)Jesus foi crucificado no lugar chamado Gólgota, que seria uma
montanha árida (Mateus 27:33, 60; Lucas 23:33, 53); mas João discorda e diz que no local havia um horto (João 19:17, 41);

16) Mateus (27:32), Marcos (15:21) e Lucas (23:26) afirmam que Sismão, de Cirene, levou a cruz para Jesus, em boa parte do percurso; mas João não viu nada disso, afirmando que Jesus, “ele mesmo”, levou a cruz até o lugar da crucificação (João 19:17);

*17) A profecia diz que o Messias reinará em Israel (Miquéias 5:2);
Jesus disse que seu reino não era deste mundo (João 18:36);

18) Jesus, ao que parece, não pode ser confirmado, em sua genealogia, como filho de um só ancestral, pois, enquanto Mateus (1:6, 7) diz que ele é descendente de Salomão, Lucas (3:31-32) diz que é descendente de Natan, irmão de Salomão, ambos filho de David;

19) Nos dias de Jesus, o Povo de Israel estava dominados pelos romanos – o que contradiz, caso ele fosso o Messias, o que predito em Jeremias 23:4, 5: “Nos seus dias, Judá será salvo e Israel habitará seguro”. Assim, não poderia o país estar ou permanecer sob jugo estrangeiro;

20) Maria não é apresentada, nos evangelhos, como descendentes de David, mas apenas José, que é chamado, textualmente, de “filho de Davi” (Mateus 1:20; Lucas 1:27; 2:4, 5). Na verdade, Maria era parenta de Isabel, que foi chamada de uma “das filhas de Arão” (Lucas 1:5, 36), ou seja, Maria também era descendente de Levi, o que mostra que David não era ancestral de Jesus, situação que anula, para o Nazareno, qualquer perspectiva messiânica, caso fosse buscada pela via materna. Como sabido, a dinastia davídica se concretiza apenas pela linhagem paterna (2 Samuel 7:11-29; Salmo 89:35-37; Jeremias 23:5 etc), e os evangelhos, por sua vez, mostram que Jesus não era filho biológico de José (Lucas 3:23; Mateus 1:18-25). Não há como Jesus ser o Messias!

21) Jesus disse que os gentios seriam seus assassinos (Lucas 18:31-33); depois, diz que seriam os próprios judeus que o matariam (Lucas 20:13, 14);

*22) João escreveu que os soldados romanos pregaram Jesus na cruz (João 19:23), mas Pedro disse que foram os Judeus que pregaram Jesus na cruz e o mataram (Atos 2:23; 5:30);

*23) Paulo ensinou que a ressurreição de Jesus é a base da salvação (1 Coríntios 15:12-19); mas, discordando, antes, Jesus ensinou que a ressurreição não é base para a salvação, mas, sim, a obediência a Moisés e aos Profetas de Israel (Lucas 16:27-31);

24) A Torah diz que o Profeta Prometido por D-us seria semelhante a Moisés (Devarim 18:15-19); mas Paulo (se ele for o escritor da Carta aos Hebreus) diz que Jesus não é semelhante a Moisés, mas muito superior a ele, sendo deus (Hebreus 1:8-12; 3:1-6);

25) Quem explica: “Eu e o Pai somos um” (João 10:30), uma estranha declaração de Jesus sobre ele e D-us estarem em pé de igualdade, com esta outra: “O Pai é maior do que eu” (João 14:28)?

26) O Eterno disse que nunca um Rei se levantaria com maior glória e sabedoria do que Shlomoh (Salomão) (1 Reis 3:13; 2 Crônicas 1:12); mas, Jesus, que não negou ser pretenso rei (João 18:33-37; Mateus 27:11), disse que ele era maior do que Salomão (Mateus 12:42);

27) Jesus incentivou os discípulos a se armarem de espadas, pois fazer uma revolução seria o objetivo de sua vinda ‘a Terra (Lucas 22:36; 23:2, 3); depois, vendo inútil a ação armada de seus discípulos, em seu favor, proíbe o uso da espadas (Mateus 26:51-56);

28) Jesus disse que, dos alimentos que ingerimos, nada vai ao coração, mas vai tudo para os intestinos e dali para o esgoto (Marcos 7:18, 19); discordando, corretamente, Paulo pregava que, dos alimentos que ingerimos, algo vai para o coração, em forma de sangue, evidentemente (Atos 14:17);

29) Isaías predisse que o Servo do Eterno não seria destruído até estabelecer a Justiça na Terra (Isaías 42:4); Jesus, a quem os cristão aplicam essa profecia (Mateus 12:18-20), morreu, como todos os seres humanos, pois era mortal (Marcos 15:37), e a Justiça não foi estabelecida na Terra, desde então, como esclareceu Paulo (Romanos 3:9, 10);

30) Jesus disse que o ensino dos escribas e fariseus era correto e deveria ser obedecido (Mateus 23:1-3). No entanto, ensinou que seus discípulos deveriam ser mais justos que os escribas e fariseus (Mateus 5:20), e condenou a obediência dos fariseus ‘as Mitzvot [mandamentos] da Torah (Lucas 18:9-14)

31) Jesus declarou-se “manso e humilde de coração” (Mateus 11:29); mas chamou uma gentia de ‘cadela’ (Mateus 15:21-27) e usou um chicote de cordas para expulsar pessoas do Templo (João 2:13-16);

32) Jesus ensinou a não usar-se palavras insultosas aos irmãos (Mateus 5:22), o que ele não fazia (Mateus 23:13, 15, 16, 17, 24, 27, 33; Lucas 11:43-46; João 8:44);

33) Jesus disse ao Satan que só D-us deveria ser adorado (Mateus 4:10) e ensinou que o verdadeiro adorador adora apenas o Pai (João 4:23); mas consentiu em ser adorado e não repreendeu seus adoradores (João 9:38; Mateus 8:2; 9:18), algo que os anjos não aceitam (Apocalipse 19:10) e Jesus, mesmo sendo menor do que os anjos, aceitou (Hebreus 2:9);

34) A ascensão de Jesus teria ocorrido na Galiléia, onde proferia suas últimas ordens (Mateus 28:16-20; Marcos 16:7, 19); não, Lucas discorda, a ascensão ocorreu em Betânia, perto de Jerusalém, onde morava o discípulo amado, Lázaro (Lucas 24:50-52; João 11:1,3, 36);
35) Jesus aprendeu obediência pelo sofrimento, diz Paulo (Hebreus 5:8); Jesus discorda, afirmando que a obediência deve ser motivada pelo amor(João 15:10);

36) Jesus orou pela unidade de seus seguidores (João 17:20-22); mas Paulo, mesmo pedindo a unidade de pensamento e ensino (1 Coríntios 1:10), acreditava que há benefício na existência de divisões na igreja, como historicamente o cristianismo tem apresentado, com inúmeras seitas e ensinos contraditórios (I Coríntios 11:19);

37) Jesus disse que todas as coisas do Pai eram suas igualmente (João 16:15; 17:10; Mateus 11:27); ele também disse que o ladrão vem para roubar, matar e destruir (João 10:10). Mesmo assim, ele é apresentado como vindo novamente ‘a Terra não como legítimo proprietário de tudo e de todos, mas como um ladrão que vem roubar (Apocalipse 16:15; Mateus 24:43, 44);

38) O Salmo 119:98 ensina que os judeus podem ser mais sábios do que seus professores, pelo estudo da Torah; Jesus, porém, apesar de apresentar-se como “Senhor e Mestre” (João 13:13), entende que seus seguidores são uma hoste de ignorantes, porque as pessoas do mundo são mais sábias que seus discípulos, que devem, concordemente, considerar-se inúteis (Lucas 16:8; 17:10);

39) O profeta Isaías diz que o Redentor virá aos que já se afastaram dos pecados (Isaías 59:20); mas tanto Jesus como Paulo inventaram a ‘libertação do pecado’ (João 8:31-36; Romanos 7:22);

40) Segundo o pai de João Batista, o sacerdote Zacarias, do relato do evangelho de Lucas, o Messias viria para “nos libertar dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam”, no caso, os “inimigos” seriam os romanos, que dominavam Israel (Lucas 1:71, 74); mas Jesus, como pretenso messias, não enfrentou os romanos e pregou apenas a libertação dos pecados (João 8:31-34);

41) Jesus, em tenra idade, segundo Mateus, foi levado de Belém ao Egito (Mateus 2:1, 13-15); mas Lucas discorda dessa versão, pois após o nascimento, ou seja, quarenta dias, segundo o preceito da Torah (Levítico 12:2-4, 6-8), o menino ainda estava em Jerusalém cumprindo os rituais, e depois os pais de Jesus e o menino voltaram a Nazaré (Lucas 2:21-24, 39-41, 51);

42) Quantas mulheres foram ao sepulcro de Jesus, após sua alegada ressurreição? De acordo com João (20:1), apenas Maria Madalena; segundo Mateus (28:1), Maria Madalena estava acompanhada de uma outra Maria; já o evangelista Marcos (16:1, 2), vendo melhor, afirma que além das duas Marias, uma mulher chamada Salomé estava presente também; por sua vez, escreveu Lucas (23:54, 55; 24:1, 10) que muitas mulheres foram ao sepulcro, inclusive Maria Madalena, Joana, Maria, mãe de Tiago e outras mulheres que estavam com elas;

43) Onde foi proferido o famoso “Sermão do Monte”? Mateus (5:1) assegura que foi num monte mesmo; mas Lucas (6:17) diz que foi num lugar plano;

44) As últimas palavras de Jesus foram “D-us meu, D-us meu, por que me abandonaste?” (Mateus 27:46, 50), ou: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lucas 23:46); ou ainda: “Está consumado” (João 19:30)?

45) Qual destas profecias de Jesus é a verdadeira: Pedro o negaria três vezes antes de o galo cantar UMA vez (Mateus 26:34, 74, 75; Lucas 22:60); ou antes de o galo cantar DUAS vezes? (Marcos 14:30, 72); ou negaria três vezes, sem que o galo tivesse cantado NENHUMA VEZ?! (João 13:38);

46) Jesus afirmou que nunca pregara nada oculto, que faltava claramente (João 18:20); todavia, recomendou aos discípulos que o que ele lhes dissesse “’as escuras”, deveriam pregar em plena luz e o que ouvissem em segredo deveriam proclamar dos eirados (Mateus 10:27);

47) Logo após o batismo de Jesus, mediatamente o “espírito o impeliu a ir ao deserto”, onde ficou quarenta dias (Marcos 1:9-13); não, não é bem assim, afirma João, pois no dia seguinte Jesus ainda se encontrava no mesmo local onde ocorrera o batismo (João 1:35, 36);

48) Cuidado ao fazer boas obras, ensinou Jesus – elas não podem ser vistas pelos homens (Mateus 6:3, 4); ou melhor disse Jesus, devem ser vistas pelos homens, como estímulo a louvarem a D-us (Mateus 5:16);

49) A quem as mulheres viram no sepulcro? Um ANJO (Mateus 28:2, 5); um JOVEM (Marcos 16:5); DOIS HOMENS (Lucas 24:4); DOIS ANJOS (João24:12);

50) Jesus é mentiroso? Ele diz que se desse testemunho sobre si mesmo, seu testemunho não é verdadeiro (João 5:31); mas afirma, a seguir, que se ele desse o testemunho sobre si mesmos, seu testemunho é verdadeiro (João 8:14);

51) Jesus foi pregado na cruz na terceira hora (nove da manhã), conforme Marcos 15:25; ou foi pregado após a sexta hora (meio-dia), de acordo com João 19:14, 15?

52) O Messias, quando vier, anunciará paz ‘as nações e será reconhecido Rei por todas elas (Zacarias 9:10). Isso não aconteceu com Jesus, que, no início de sua pregação, conforme Mateus 10:5, proibiu que as nações ouvissem sua mensagem, pois viera pregar somente ‘a Casa de Israel (Mateus 15:24). Posteriormente, teria mandado os discípulos pregarem ‘as nações (Mateus 28:19, 20);

53) Jesus disse que quando ele fosse pregado na cruz, ou levantado, atrairia todos os homens para si mesmo (João 8:28; 12:32), o que não aconteceu até os nossos dias, pois toda a Humanidade não o aceitou como messias, mas apenas uma parte dela;

54) Jesus disse que quando o evangelho fosse pregado em todas as nações chegaria o fim deste mundo (Mateus 24:14); Paulo, por sua vez, disse que o evangelho, nos seus dias, fora pregado a toda criatura debaixo do céu e nas nações (Colossenses 1:23; 1 Timóteo 3:16), mas o fim não chegou naquele tempo. Jesus havia assegurado que tudo se cumpriria numa geração (Mateus 24:34, 35), que de acordo com a Torah dura cerca de cem anos (Gênesis 15:13, 16), mas nada acontece!

55) Segundo vários textos, Jesus observava o Sábado (Shabat) (Lucas 4:16, 31, 44); e também o apóstolo Paulo e seus companheiros de viagem também o faziam (Atos 16:13-15; 17:1, 2), mas o mesmo Paulo se postou contra a observância das santas Festividades Judaicas e do próprio Shabat (Colossenses 2:16), ainda que se dizendo imitador do Nazareno (1 Coríntios 11:1);

56) Jesus contradisse a Torah na questão do divórcio: “E aquele que casar com a repudiada comete adultério” (Mateus 5:32). Na verdade, uma repudiada poderá casar-se novamente; apenas se divorciar-se de novo, após o segundo casamento, ou ficar viúva, não poderá casar-se com o primeiro marido (Deuterônomio 24:2-4);

57) Jesus contradisse a Torah no tocante ao ensino do Juramento, ao afirmar: “Eu, porém, vos digo: de modo algum jureis; nem pelo Céu, por ser trono de D-us; nem pela Terra, por ser estrado de seus pés; nem por Jerusalém, por ser cidade do grande Rei; nem jures pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco em preto. Seja, porém, a tua palavra sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno” (Mateus 5:33-37). A Torah, ao contrário, contém este mandamento: “Ao Eterno, teu D-us, temerás, a Ele servirás, e, pelo Seu nome, jurarás” (Deuteronômio 6:13; ver 10:20). Jesus considerou a obediência ao mandamento Divino uma ‘coisa maligna’, mas ele próprio jurou, e para não mentir, não assumiu ser o messias de Israel, pois ele não era (Mateus 26:63, 64).

58) Jesus mandou um leproso oferecer o sacrifício prescrito por D-us, em razão do restabelecimento da doença (Mateus 8:4; Levítico 14:2-7, 20); depois, dando uma extensão ao ensino ético dos profetas de Israel, postou-se contra os sacrifícios, dizendo que só a misericórdia bastaria aos pecadores, não o sacrifício (Mateus 9:13; ver Salmo 51:16-19[51:18-21, texto hebraico]);

59) Quem era o Cohen Gadol (Sumo Sacerdote), naquele tempo, perante quem Jesus compareceu? Era Caifás? (Mateus 26:57); ou era Anãs? (Atos 4:6; Lucas 3:2);

60) O julgamento de Jesus ocorreu perante o Sanhedrin (Sinédrio), á noite, logo após sua prisão (Marcos 4:17, 43, 46, 53, 55, 72); não, o julgamento ocorreu de manhã, perante o Sanhedrin (Lucas 22:66-71). Na terceira hipótese, segundo João, não houve reunião do Sanhedrin, mas apenas Anás interrogou Jesus e depois o enviou o Caifás (João 18:13, 19-24);

61) A Torah sustenta que o Criador repousou no sétimo dia da semana, o santo Shabat (Gênesis 2:1-3; Êxodo 20:8-11), mas o Nazareno, dizendo-se Seu filho, disse que imitava ao Pai, que trabalhava no Shabat! (João 5:8, 9). O ponto em questão, aqui, a ser considerado, não é a obra beneficente que pode ser feita no santo dia, mas o dar-lhe uma conotação de trabalho, com a natureza de obra profana, durante o tempo dedicado ‘a adoração do Criador;

62) Jesus declarou que os humanos cansados, que o buscassem, achariam alívio para suas almas, porque ele era manso e humilde de coração (Mateus 11:28, 29). No entanto, muitos o abandonaram, não suportando sua pregação confusa, ao induzir as pessoas a entender que ele lhes estava incentivando a violar a Torah, além de fazê-las sentir-se inúteis (João 6:35-60; Lucas 16:8; 17:10)

b) Contradições e confusões nos escritos, palavras e condutas de Paulo:

63) Em 2 Timóteo 3:16 está dito: “Toda Escritura é inspirada por Deus...” No entanto, o apóstolo Paulo, que escreveu essas palavras, disse que também escreveu idéias pessoais, sem inspiração Divina (1 Coríntios 7:6, 12, 25, 40; 2 Coríntios 8:10; 11:17);

64) Ninguém é justificado pela Lei, afirma Paulo (Gálatas 2:16; 3:11); mas, revendo seu ponto de vista, ele afirma, pelo contrário, que as pessoas são justificadas pela obediência à Lei (Romanos 2:13), talvez pós ler Devarim [Deuteronômio] 6:25;

65) Paulo sempre se postava contrário ‘a salvação e ‘a justificação pelas obras (Efésios 2:8, 9; Romanos 3:20; Gálatas 3:11); mas deixou escapar esta declaração: “D-us recompensa a cada segundo as suas obras” (Romanos 2:6). Não explicou, porém, como as obras não servem para a salvação, mas servem para o recebimento da recompensa, que é corolário da salvação! Aprendam, Paulo e seguidores, com Jeremias (17:13)!

66) Quem fala pelo espírito santo não amaldiçoa a Jesus, escreveu Paulo (1 Coríntios 12:3); mas o mesmo Paulo, dizendo que estava falando pelo espírito, diz que Jesus é maldito (Gálatas 3:13);

67) Segundo Paulo, a circuncisão é proveitosa para todas as coisas (Romanos 3:1, 2) e a pregava (Gálatas 5:11); mas ainda segundo Paulo, a circuncisão não serve para nada (1 Coríntios 7:19; Gálatas 6:15) e, mesmo assim, circuncidou a Timóteo, “por causa dos judeus” Atos (16:3);

68) Paulo disse que se procurasse agradar a homens, não agradaria a “Cristo” (Gálatas 1:10); depois, Paulo disse que estava agradando a todos os homens, para salvá-los (1 Coríntios 10:33);

69) Paulo disse que “todas as coisas são puras para os puros” (Tito 1:15); mas Paulo esqueceu-se de dizer que há coisas impuras, que os puros não devem tocar, e corrigiu isso (2 Coríntios 6:17);

70) Paulo disse que D-us não rejeitou Seu Povo, os judeus (Romanos 11:1, 2); mas, aborrecido com os judeus, porque não aceitaram suas apostasias, para crerem em outro deus (Devarim 13:6-11), escreveu que sobre os judeus veio a ira definitivamente, ou seja, foram rejeitados (1 Tessalonicenses 3:16);

71) Paulo escreveu que a fé não acaba com a obrigação de obedecer os preceitos da Lei Divina (Romanos 3:31) e que ele mesmo tinha prazer na Lei de D-us (Romanos 7:22), mas assegura que a Lei induz a pessoa a pecar! (Romanos 7:5-10);

72) Paulo foi portador de uma carta dos apóstolos, da qual constava que era proibido os gentios comerem comida sacrificada a ídolos (Atos 15:22-29). Depois, desobedecendo a essa decisão, Paulo diz que os gentios poderiam comer coisas sacrificadas aos ídolos, pois os ídolos não valem nada. Nesse caso, apenas os gentios não deveriam indagar se a comida tinha sido sacrificada a ídolo, embora toda carne em Corinto fosse sacrificada aos deuses (1 Coríntios 8:4, 7-10; 10:25-30);

73) O espírito santo, segundo o cristianismo, é uma pessoa Divina, que apareceu no batismo de Jesus em forma de ave, uma pomba (Mateus 1:16; João 1:32); mas Paulo escreveu que a Divindade não pode ser transformada em algo semelhante a aves(Romanos 1:23);

74) Paulo ensinava que as obras não salvam, só a fé (Éfesios 2:8, 9); no entanto, Tiago o contesta, dizendo que a fé sem obras não salva e está morta (Tiago 2:14-26);

75) Paulo conhecia o Sumo Sacerdote, que lhe dera cartas de recomendação (Atos 9:1-2); mais tarde, Paulo mente, ao dizer que não conhecia o Sumo Sacerdote, pois, pela sua posição social e religiosa, decerto o continuaria conhecendo, ainda que tivesse sido substituído (Atos 23:1-5);

76) Paulo escreveu que os mistérios de Deus foram revelados ou
esclarecidos para que os gentios pudessem ser salvos (Romanos 16:25, 26); mas Pedro entendia que Paulo realmente escreveu coisas de difícil entendimento até para ele e que as pessoas poderiam ser levadas ‘a confusão pelos escritos de Paulo e virem a ser condenadas (2 Pedro 3:15, 16);

77) Paulo escreveu que a morte reinou desde Adão até Mosheh
(Romanos 5:14); depois, porém, escreveu que a morte existirá, reinando, até ser destruída como último inimigo da Humanidade, no fim dos tempos (1 Coríntios 15:26); na visão de Paulo, quando de sua “conversão”, os homens que estavam com ele “ouviram vozes” (Atos 9:7); mas, relatando o mesmo episódio, mais tarde, Paulo se contradiz, afirmando que os homens não ouviram a voz que lhe falara (Atos 22:9);

78) A Torah nos assegura que morreram vinte e quatro mil hebreus
desobedientes no pecado de prostituição (Números 25:9); mas, Paulo, contradizendo a Torah, diz que foram vinte e três mil (1 Coríntios 10:8);

79) Embora Judas, que era um dos “Doze” (Lucas 22:47), já tivesse
morrido antes da morte de Jesus (Mateus 27:3-5), Paulo diz que Jesus, ao ressuscitar, apareceu a ele e demais apóstolos, os “Doze” (1 Coríntios 15:5)

80) Segundo Paulo, “comida não nos recomenda a Deus”, porque
“nenhuma coisa é de si mesma impura” (1 Coríntios 8:8; Romanos 14;14). No entanto, esse não é o conceito do Criador, que, desde o Jardim do Éden, fixou limites na alimentação humana e animal (Gênesis 1:29, 30). Ademais, o homem tornou-se mortal, por opção, em razão da desobediência ‘a restrição alimentícia, estabelecida pelo Pai do Céu (Gênesis 2:16, 17; 3:1-19). Por último, segundo a Torah, a alimentação é fator decisivo para nossa santificação (Levítico 11:1-47; 20:22-26). Portanto, ao desafiar a vontade Divina, com seu liberalismo Paulo ensinava seus seguidores a transgredir a Lei de D-us;

81) Embora Jesus tenha ensinado que o Satan é o ‘pai da mentira’
(João 8:44) e mesmo tendo Paulo aconselhado o crente a “deixar a mentira e falar a verdade” (Éfesios 4:25), Paulo excedeu-se, nesse contexto, ao afirmar que se alegrava que “Cristo” estava sendo pregado, mesmo que, para isso, fossem usadas, indiscriminadamente, tanto a mentira quanto a verdade! (Filipenses 1:18);

82) Uma das mais contraditórias miscelâneas teológicas de Paulo diz
respeito a quem se destinam as promessas Divinas feitas a Abrahão. Paulo afirma que “as promessas foram feitas a Abrahão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém de um só: E ao teu descendente, que é Cristo” (Gálatas 3:16). Assim, nem Isaque recebeu a promessa. Depois Paulo se contradiz e declara que os gentios gálatas são “descendentes” de Abrahão e, assim, herdeiros da promessa, porque, como Isaque, seriam filhos da promessa! (Gálatas 3:29). Posteriormente, disse que ele mesmo era da descendência de Abraão, juntamente com os demais hebreus! (2 Coríntios 11:22). A Torah, ao contrário, não fala de um descendente apenas, mas da descendência de Avraham, por todas as suas gerações, como incluídos na Aliança! (Gênesis 17:7-11; 26:3, 4; 28:13, 14). Na verdade, não é um descendente, porque a descendência de Avraham seria como as estrelas do céu e os grãos de areia! (Gênesis 13:15-17; 15:5; 22:17);

83) A prematura ressurreição de Jesus, conforme Paulo, ocorreu no
terceiro dia de sua morte, “segundo as Escrituras” (1 Coríntios 15:4). Paulo usou essa mesma expressão grega Kata tas graphas para justificar outros delírios teológicos. Pena que Paulo não tenha informado o Livro, o capítulo e o versículo onde as escrituras Judaicas predisseram a ocorrência do evento, ao terceiro dia, uma vez que a ressurreição de Jesus colide com o tempo fixado por Deus, para a ressurreição dos justos, pois, segundo as Escrituras, esse acontecimento terá lugar “no fim dos dias”, quando do ajuste da contas (Daniel 12:1, 2, 13; Isaías 26:19-21). Era assim que os primeiros discípulos de Jesus criam (João 11:23, 24). Paulo, como fizeram os que “viram” o Nazareno, depois da ressurreição, mesmo sem conhecer que era ele (João 20:14, 15; 21:4, 12; Lucas 24:15, 16), inventaram a ressurreição de Jesus, embora deixando o levantamento dos demais mortos para o fim dos tempos (1Coríntios 15:22-26);

84) Jesus disse que o Pai do Céu preocupa-se com as aves e as
alimenta (Mateus 6:26), ensino que concorda com as Escrituras Judaicas (Jó 38:41; Salmo 147:9). No entanto, Paulo escreveu diferentemente e deturpou o mandamento Divino (Deuteronômio 25:4), ao declarar que o Criador não Se importa nem com os touros (1 Coríntios 9:9, 10); O caráter do D-us de Israel, no tocante a mostrar-se misericórdia e respeito para com outros seres vivos – animais e vegetais – é muito diferente do pensamento de Paulo (Deuteronômio 20:19, 20; 22:6, 7; Levítico 22:28; Provérbios 6:6-11; 12:10);

85) Paulo afirmou, categoricamente, que era “israelita, da tribo de
Benjamin” (Romanos 11:1); que era “hebreu” (2 Coríntios 11:22; Filipenses 3:5); e que “judeu” (Atos 22:3). No entanto, saiu com esta declaração: “Fiz-me judeu para os judeus, para ganhar os judeus” (1 Coríntios 9:20). Ora, ninguém, que já é judeu, ‘faz-se judeu’. Ou é judeu, ou não é. Paulo é muito contraditório, ou fazia coisas que não acreditava, com os votos, inclusive enganando os demais apóstolos, que creram em sua sinceridade (Atos 18:18; 21:18-24).

c) Outras contradições, confusões e falsas profecias encontradas no “Novo Testamento”:

86) Quantas pessoas, descendentes de Yaakov (Jacó) foram ao
Egito? A Torah informa que foram setenta almas (Gênesis 46:27; Êxodo 1:5; Deuteronômio 10:22); o “Novo Testamento”, em Atos 7:14, declara que foram setenta e cinco almas, inventando mais cinco pessoas desconhecidas;

87) O discípulo Estêvão, cuja aparência “era como o rosto de um
amigo” (Atos 6:15), além de inventar as cinco pessoas no número dos hebreus (Atos 7:14; Deuteronômio 10:22), Israel e da nossa História – e inventou que Abrahão havia comprado o túmulo, para sepultar Sarah, em Siquém, no Norte de Israel, e que os vendedores foram os filhos de Emor (Atos 7:15, 16), mas, na verdade, o túmulo está localizado em Chevron (Hébron), no Sul, e o vendedor foi Efrom, filho de Hete (Gênesis 23:7-20; 50:13);

88) D-us não mente (Números 23:19). Mesmo concordando com isso
(Tito 1:2), a Bíblia cristã (ou “Novo Testamento”) chega ao ponto de dizer que Deus pessoalmente faz alguém acreditar na mentira, para ser destruído (2 Tessalonicenses 2:11, 12). Nós, judeus, no entanto, aprendemos que o Eterno não tem prazer sequer na morte do ímpio, não induz o pecador ao erro (Ezequiel 18:23; Salmo 25:8 [9, no texto hebraico]);

89) A ordem de batizar era “em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo” (Mateus 28:19, 20); ordem que os discípulos não cumpriram ou não entenderam, pois batizavam apenas em nome de Jesus (Atos 2:38, 8:16, 10:48; 19:5);

90) A Lei, ou seja, a Torah, era um jugo insuportável (Atos 15:5, 10);
no entanto, há uma retificação – os mandamentos de Deus não são pesados – 1 João 5:3 (ver Deuteronômio 30:11);

91) A Nova Aliança, prometida aos judeus – à casa de Israel e à
Casa de Judá (Jeremias 31:31) – não admite que alguém ensine a seus irmãos e companheiros (Jeremias 31:34); a Nova Aliança dos cristãos, constante do “Novo Testamento”, manda: “Ide e ensinai...” (Mateus 28:20);

92) O escritor Marcos disse que o Profeta Isaías predisse a vinda do
Mensageiro diante do Senhor (Marcos 1:2); que pena, o Marcos errou, pois quem disse isso foi outro Profeta, o Malaquias (3:1);

93) O evangelista Mateus (27:9) disse que o Profeta Jeremias
profetizou sobre as 30 moedas de prata; realmente uma pena, pois quem predisse isso foi o profeta Zacarias (11:12);

94) Mateus diz que os principais sacerdotes compraram um campo
com as 30 moedas devolvidas por Judas (Mateus 27:5-8); Pedro discorda do relato de Mateus e diz que foi Judas quem comprara o mesmo campo (Atos 1:16-18);

95) O evangelho de Mateus declara que Judas morreu enforcado
(Mateus 27:5); mas Pedro afirma que o traidor jogou-se de cabeça para baixo e se arrebentou, derramando seus intestinos (Atos 1:18);

96) Quantas vezes uma pessoa morre? De acordo com Hebreus 9:27,
está ordenado aos homens morrerem uma só vez; mas, segundo se lê em Apocalipse 20:6; 21:8, ainda existirá uma Segunda morte;

97) Um dos segmentos cristãos que mais crescem é o pentecostal,
que tem escopo no “Dom de línguas”, ou seja, balbuciam sons ininteligíveis, que “só D-us entende” (1 Coríntios 14:2). A origem da crença seria a Festividade de Pentecoste (Chag Shavuot) registrada em Atos 2:1-21. Na ocasião, os discípulos presentes, que teriam recebido o espírito santo, falaram, diferentemente do que Paulo escrever aos coríntios, línguas humanas (Atos 2:6-11). Mas, a confusão aumenta quando Pedro faz uma pregação para esclarecer que o fenômeno de cada pessoa ouvir os discípulos falarem em suas respectivas línguas fora predito pelo Profeta Joel (Atos 2:14-21). Pedro, porém, mentiu, porque o profeta Joel nada disse sobre alguém falar em línguas, sejam conhecidas ou desconhecidas (Joel 3:1, 2, texto hebraico; 2:28-32, texto cristão). A mais grave falsificação da profecia de Joel ocorreu quando Pedro corta (conforme Atos 2:21) a parte principal de Joel 2:32 (texto cristão), que declara que “no Monte Tzyion, em Yierushalayim, estarão os que forem salvos, como o Eterno prometera, e entre os sobreviventes, aqueles que o Eterno chamar”. Atualmente, cristãos estudiosos de textos neotestamentários já expuseram a fraude de Marcos 16:17, que diz que falar em línguas é um dos sinais da fé em Jesus – e estão retirando o texto de Marcos 16:9-20 das Bíblias cristãs, denunciando-o como falsidade! Esse texto induziu os seguidores da seita cristã O Templo do Povo, liderada por Jim Jones, em Jonestown, na Guiana, em novembro de 1978, a cometer suicídio, bebendo suco de fruta com cianureto – pois Marcos 16:18 afirma que os cristãos não morrem se beberem veneno!

98) O “Novo Testamento” colide, frontalmente, com a Torah, na
questão do nascimento virginal de Jesus, pois o primeiro mandamento da Torah é a procriação (Gênesis 1:28), sendo estranha a construção do engravidamento de Maria sem o concurso da relação sexual (Mateus 1:18-25), ao passo que o mesmo “Novo Testamento” declara que é “doutrina de demônios” e proibir-se o casamento (1 Timóteo 4:1-3);

99) O Tana”ch ensina que o planeta Terra tem forma arredondada
(Isaías 40:22; Jó 26:10). O “Novo Testamento”, por sua vez, mostra o
planeta possuindo forma plana, como se de um “monte muito alto” fosso possível ver-se todos os países e sua glória (Mateus 4:8).

5.10 Diante dessa coletânea de contradições e falsas profecias
proferidas pelo próprio Jesus, lembremo-nos das palavras de Paulo: “Um pouco de fermento leveda a massa toda” (Gálatas 5:9). Com tanto fermento de contradições e de colisões com a Torah, como estará a “massa” do “Novo Testamento”? É preciso evitar esse “pão” contaminado de mentiras, falsidades, deturpações e anti-semitismo!

5.11 O estudo deste modesto trabalho expõe, claramente, a razão
pela qual nós, judeus, não aderimos à fé cristã – sua base de sustentação, o “Novo Testamento”, não nos convence de sua veracidade. Continuamos com a nossa Torah, w que queremos ser respeitados em nossas tradições e na expectativa da vinda do nosso Mashiah, porque Jesus Nazareno não satisfez os anelos proféticos de nosso Povo – de Paz e Justiça! Lembremo-nos, irmãos judeus, do conselho: “Porventura não te escrevi excelentes matérias sobre conselhos e conhecimento? Terás, assim, a certeza das Palavras da Verdade, a fim de poderes responder claramente aos que te procurarem” (Provérbios 22:20, 21). Temos a Torah, escrita e oral, para nos guiar nas “Netivot Hashem”, de modo que podemos dizer, ao Eterno, que iremos seguir o Caminho Antigo, da nossa Torah! (Yirmeyahu [Jeremias] 6:16). Nada pode nos deter nessa sagrada decisão, porque possui o poder de nos dar um objetivo sublime na vida agarra, abrindo-nos os portais do tempo, onde poderemos divisar, com segurança, o usurfruto da Redenção, com nossos antepassados, na Eternidade! Amen.

BREVE INFORMAÇÕES SOBRE ESTE TRABALHO E SEU AUTOR:

Direitos autorais reservados. Este estudo pode ser divulgado, citando-se o nome do autor. Sua finalidade é defender nossa Fé Milenar e ajudar judeus que foram levados a crer em Jesus como o “Messias de Israel”, a retornarem ‘a Torah.

O segundo estudo da série, As Profecias declaram: Jesus não é o Messias de Israel, em elaboração, tratará das profecias de Isaías, Daniel e outros textos sagrados do Tana”ch, e sobre a impossibilidade de se aplicarem a Jesus Nazareno.

O professor Evilasio Araujo, de origem sefaradi, preside a Sinagoga Beit Israel, instituição com a finalidade de ajudar os B’ney Anussim [“marranos” e “cristãos novos”], que foram forçados a converte-se ao cristianismo, a retornarem ‘a fé ancestral, reintegrando-se ao Povo de Israel. Também se dispõe a fazer palestras sobre a inviabilidade da existência de “judeus messiânicos”, ou “judeu cristãos”. Pode ajudar, gratuitamente, na desprogramação das lavagens cerebrais que os cristãos costumam aplicar, por seus missionários, aos judeus, dos quais muito já foram vítimas e estão iludidos nas igrejas através das promessas de curas e prosperidade.

O professor Evilasio Araujo é Advogado, Professos Universitário, Poeta, Escritor; durante dez anos trabalhou como Adjunto na Presidência da República, tendo representado o Brasil em Encontros Estratégicos nos Estados Unidos e Alemanha; viajou com o Presidente da República em viagens internacionais; possui quatro cursos de pós-graduação na área de Direito e Relações Internacionais; colabora com vários periódicos na área de Direito; é fundador e Diretor da revista judaica “Alyah LaTorah”; é estudioso do “Novo Testamento” e de todas as religiões e seitas, com a finalidade de conhecê-las e poder defender a Emunat Israel. Viaja, constantemente, a Israel, onde seu filho, Yossef Shlomoh, cursa Yeshivah, para formar-se Rabino, e vive sua filha Sarah e dois netos, Yehoshua e Yochanan. Possui cinco filhos: Sarah, Yedid, Dinah, Yossef e Yonathan, cuja esposa é a Karen. É casado com a Miriam, esposa que é seu verdadeiro estímulo na Obra do Eterno. O professos não recebe salários pelo seu trabalho religioso, vive de suas atividades advocatícias.

Pelo trabalho que vem realizando, o Professor Evilasio Araujo é bastante atacado, por líderes cristãos e até por alguns judeus desinformados, ou por ex-associados da Sinagoga, que não se reintegraram ao Judaísmo, e proclamam exatamente o contrário da Obra que ele realiza. Por motivos óbvios, para divulgar esta mensagem as circunstâncias exigem muita coragem, por parte de seu autor e correligionários da Sinagoga Beit Israel, pois várias são as reações dos teólogos de plantão – desde ameaças e tentativas de suborno, injúrias e difamações, até ataques ao Tana”ch (Bíblia Judaica), para “provar” que também conteria “erros”. Vários Rabinos e judeus apoiam o Professor em seus corajosos esforços em favor do Judaísmo.

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