Pular para o conteúdo principal

Árabes, amigos dos judeus?



    Quando olhamos a paz recente entre judeus e católicos e as atuais batalhas entre isralenses e árabes, é difícil imaginar que, há 1 500 anos, os papéis eram trocados. 
    Enquanto cristãos usavam todas as ferramentas contra os judeus, os territórios árabes eram um pouso seguro para os seguidores de Moisés. Eles eram, como todo não-muçulmano, cidadãos de segunda classe, mas a única consequência disso eram impostos mais elevados. 
    Apesar de a lei dar aos muçulmanos o direito de fazer o que bem entendessem com os infiéis, a violência raramente era utilizada. Os judeus ocupavam um leque de profissões muito maior que na Europa: tornaram-se pastores, agricultores, vidraceiros, comerciantes e fabricantes de seda.

Qual era o motivo de tanta tolerância, se os muçulmanos também têm Jesus entre seus profetas? 
Não estariam eles também propensos a acusar os judeus de deicídio? 

Acontece que o Islã herdou a tradição cristã na versão de uma antiga heresia, a docetista. Ela dizia que Cristo não teve um corpo material. Ele era apenas espírito e, portanto, não tinha como morrer na cruz. 
O Corão chega a afirmar que os judeus conspiraram contra Jesus, mas Deus foi mais esperto e conspirou contra eles. Ao contrário dos primeiros cristãos, os muçulmanos não se sentiam ameaçados pelas tribos judaicas que viviam à sua volta. Tampouco desejavam aliar-se ao Império Romano, que já havia se fragmentado e não ocupava mais um território tão grande.
Os dois povos puderam, então, se concentrar em suas semelhanças, que iam desde o idioma até o tipo de dieta a que estavam acostumados. 
    Existiram atos de violência, mas nada comparável com a rivalidade existente hoje. Que, por sinal, tem motivos totalmente políticos, e não religiosos.

Gostaria de saber mais sobre esse e mais temas semelhantes?, acesse os links abaixo:

https://go.hotmart.com/O89438430H
https://go.hotmart.com/R89438432G
https://go.hotmart.com/N89438433G
https://go.hotmart.com/P89438434R

1- Torá, 2- Dicionário, 3- Gramática, 4- Conversão
Respectivamente.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Paulo: Judeu,grego e romano.

     Para entender melhor o papel de São Paulo na origem e construção do cristianismo é preciso voltar no tempo e acompanhar de perto sua vida.  O principal relato sobre ele está presente nos Atos dos Apóstolos, livro escrito pelo evangelista Lucas, que foi também dos maiores discípulos de Paulo. Seus relatos, no entanto, não são considerados um retrato fiel dos acontecimentos.      "Os Atos devem ter sido escritos cerca de 15 a 20 anos após a morte de Paulo, quando ele já poderia estar caindo no esquecimento. Lucas, então, expressa uma visão romanceada do apóstolo, transformando-o em um herói ou, mais do que isso, em um modelo de discípulo", afirma José Bortolini, padre da Congregação Pia Sociedade de São Paulo, mestre em exegese bíblica e autor do livro Introdução a Paulo e suas Cartas. Outra fonte de informação sobre o apóstolo são as cartas (ou epístolas) escritas por ele para as comunidades cristãs que tinha fundado. Com base nessas duas fontes, s...

Diabo! ele existe mesmo?

Como podemos admitir a existência de lúcifer, uma vez que sua energia é totalmente antagônica e contrária a de D'us e como Ele permitiria uma força oposta, provocar caos, já que D'us é harmonia, paz, sucesso, prosperidade e tudo o que há de melhor? RESPOSTA: D'us criou forças positivas e forças negativas, possibilitando desta forma que o ser humano possa exercer seu livre arbítrio. Caso contrário, não faria sentido a aplicação de recompensa e castigo. O objetivo, com certeza, é escolher o caminho positivo, e esta escolha possui muito mais valor na medida em que vencemos nossas inclinações negativas. Na Cabalá é explicado que estas forças negativas recebem seu sustento de D'us pelas "costas" - como alguém que precisa dar algo para seu inimigo. Você já viu algum atleta vencer uma dura parada e ganhar medalha de ouro sem extremo esforço? Aqui é a mesma coisa! Sem barreiras, seríamos todos iguais e de níveis idênticos, sem reconhecimento, sem medalhas, sem ideais,...

O principe messiânico em Ezequiel

O “PRÍNCIPE” MESSIÂNICO EM EZEQUIEL QUEM É? O “Príncipe” de Ezequiel – Quem é? I. Introdução A idéia de que o futuro rei da linhagem de Davi, o Messias será uma pessoa de carne e osso parece perturbar muito os cristãos e os missionários em geral; afinal de contas, se Jesus é o Messias ele não é uma pessoa comum de acordo com a crença cristã tradicional, mas sim, um ser híbrido – meio humano, meio divino. Entretanto, mesmo sendo parte humano, Jesus não poderia ter filhos (segundo afirmam) e sendo alegadamente parte divino, ele não poderia cometer iniqüidades. Nesse estudo, um dos personagens centrais da segunda parte do livro de Ezequiel (caps. 40-48), chamado de “príncipe” [נָשִׂיא (nasí)] será estudado e identificado. Nosso foco será esse personagem que aparece várias vezes no livro de Ezequiel nas seções onde o profeta apresenta os eventos que ainda ocorrerão durante a Era Messiânica, dando ênfase à reedificação do Templo sagrado em Jerusalém, se...