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A Origem do mal


Origem do Mal

Quem criou o mal foi o Eterno.
Esta escrito em Bereshit 2:9 E o Senhor Deus fez brotar da terra toda qualidade de árvores agradáveis à vista e boas para comida, bem como a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal.


Explicando!
Esta é uma das perguntas mais intrigantes de todos os tempos. Talvez seja por isso que a Bíblia inicia-se com a Criação - para ensinar-nos que D'us é a Fonte de tudo: "Eu formei a luz e criei as trevas; Eu crio a paz e crio o mal" (Yeshayáhu 45:7).

Ao escolher criteriosamente, iluminamos os recessos mais escuros do universo, e devolvemos uma centelha da Criação a seu estado original e puro. 


Algumas pessoas nascem más?


Não, as pessoas não nascem más; nascem com potencial. Antes do nascimento, diz o Talmud, um anjo leva a pessoa perante D'us e pergunta o que ela será. D'us decreta muitas coisas, tais como os talentos, a riqueza e até mesmo o nome do cônjuge. Mas D'us nunca decreta se você irá ou não procurar um cônjuge. É uma mitsvá, e cabe a você fazer isso. D'us também não decreta se você usará seus dons para finalidades boas ou más.
Os pais, a criação e o ambiente, todos estes fatores influenciam aquilo que você será. Entretanto, D'us criou um mundo onde as pessoas decidem o que fazer. Podem usar seus atributos Divinamente concedidos para ajudar as pessoas, ou para feri-las.
Como sei se estou usando meus talentos para a coisa certa? Algumas pessoas pensam que aquilo que estou fazendo é errado.
Diferenciar o certo do errado não é tão fácil quanto diferenciar a direita da esquerda. Esta busca por respostas é uma razão pela qual o judaísmo coloca tanto valor no estudo de Torá. Seus textos morais e legais nos ensinam o que fazer e a melhor forma de utilizar nosso potencial.
A Torá, juntamente com seus comentários autorizados, não é apenas uma coleção de "Faça " e "Não Faça". O Zôhar, o texto autorizado do misticismo judaico, declara que D'us primeiro "olhou na Torá e depois criou o Universo." Como a Torá é o projeto da Criação, encerra toda a informação necessária para uma vida significativa. A palavra "Torá" vem do radical hora'a, significando direção ou instrução.
Você pode chamá-la de manual de instruções para a vida; está disponível em todos os idiomas, e não precisa ser montada.

Você disse que o mal é temporário, mas as pessoas ainda escolhem fazer coisas más, se assim o desejam. Será possível que o mal nunca terá um fim?

Os jornais de hoje respondem a isso melhor que qualquer rabino poderia fazê-lo. O mundo está testemunhando um evento fenomenal. Pessoas de todas as partes do mundo estão se reunindo para reconstruir, confortar e prevenir para que atos maléficos jamais aconteçam novamente. Os governos estão enviando pessoas, tecnologia e ajuda. Milhares estão se oferecendo para ajudar. Mesmo as empresas estão deixando de lado a competitividade para trabalharem juntas.
Nossa geração acaba de testemunhar como um indivíduo pode causar um impacto em todo o mundo, em questão de minutos. Este potencial é ainda maior no reino do bem. Todo ato bom afeta o mundo inteiro, enfraquecendo as forças do mal e fortalecendo as forças do bem.
A Torá ensina que nossas boas ações coletivas mudarão a natureza fundamental de toda a Criação. Quando isso acontecer, até mesmo os animais deixarão de atacar suas presas. "O lobo se deitará com o cordeiro." A bondade inerente que estava presente no início da Criação será tão óbvia e aparente que as pessoas, com naturalidade, "escolherão o bem sobre o mal." 



Nas palavras dos Profetas: "Nação não levantará a espada contra nação, nem aprenderá mais a guerrear." 



Como explica Maimônides: "A inveja e a competição deixarão de existir... não haverá mais doença, derramamento de sangue ou fome." 
É possível que pessoas e países que certa vez foram adversários possam trabalhar juntos para o bem do mundo? Simplesmente abra o jornal da manhã


Quanto ao "por quê", este é um pouco mais difícil de entender. O bem é permanente, sendo o principal ingrediente na criação do mundo, ao passo que o mal é transitório (Bereshit). A Cabalá ensina que Adam, o primeiro ser humano, era uma composição de todas as futuras almas da humanidade. Portanto quando ele (todos nós) comeu da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, o mal foi "misturado" à bondade inerente ao mundo. Como nós, coletivamente, trouxemos o mal a este mundo, temos agora a responsabilidade de elevá-lo. No decorrer de nosso dia, temos oportunidades de corrigir o erro que a humanidade cometeu num estágio menos maduro de nossa existência, ao escolher "fazer o bem e afastar-se do mal" (Tehilim). Ao escolher com sabedoria, iluminamos os cantos escuros do universo e devolvemos uma centelha da Criação ao seu estado natural, puro. 

D’us criou o mal? Certamente D’us criou tudo. Portanto, embora sejam as pessoas que na verdade praticam o mal, foi D’us que deve ter criado a ideia do mal. Porém se D’us é bom, como poderia Ele ter criado o mal? 
Aqui somos confrontados com um paradoxo: a bondade existe porque D’us a desejava; o mal existe porque D’us não o deseja. Deixe-me explicar: se um ser humano deseja alguma coisa, mas não faz nada a respeito daquilo, nada acontece. Você pode querer um pedaço de bolo, mas o bolo não se materializará a menos que alguém o asse. Porém quando você é um Ser Divino, seu desejo cria a realidade. Com D’us, só o fato de querer algo o faz existir. 

Afinal, Ele é Todo Poderoso; se Ele deseja algo, o que pode impedir que aconteça?
Ele desejava um mundo, e assim foi. Ele desejou a bondade, e assim foi. Agora o mesmo se aplica a D’us não querendo algo: isso também se torna realidade. 
Se D’us decide que não deseja alguma coisa, então aquela decisão em si faz aquela coisa existir. O poder supremo de D’us significa que até um não-desejo Ele cria. O mal é aquilo que D’us não deseja. Portanto existe. Porém o mal não existe na mesma maneira que o bem. D’us queria o bem, portanto sua existência é real e eterna. O mal existe como algo negativo, que D’us não deseja, portanto sua existência é instável e temporal. O mal nada mais é que uma entidade indesejável, um caminho a não ser trilhado. 
Ao fazer atos de maldade, damos ao mal mais crédito que merece. Nossas más escolhas transformam o mal numa existência mais real que verdadeiramente é. 
No fim, o mal não pode prevalecer. É um fantasma indesejado, uma ilusão temporária, uma tênue fachada. Com o tempo o mal se dissipa, não importa quão ameaçador possa parecer. Impérios perversos sucumbem, ideias podres são denunciadas, e a bondade por fim vai reluzir. É isso que D’us desejava o tempo todo, mas Ele deixou que nós realizássemos este feito.

Por que Deus criou o mal? Para que possamos rejeitá-lo.
Esta seria a sua origem mais aceita.

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1- Torá, 2- Dicionário, 3- Gramática, 4- Conversão
Respectivamente.

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